Poetas amazônicos. Dobro dobras

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Origami
À próxima que se fez distante

Das dobraduras dos meus versos
Surgem vincos que escorrem tristezas
Formas de faces
Formas de fases submersas
Numa verdade geométrica da incerteza.

O triângulo
Que ora se ‘inverte’
Veste
Uma forma prazerosa de amar.

Dobro dobras em dobro de palavras íntimas
de sentidos, de sentimentos tímidos,
num constante refazer das dobraduras.

No papel, as marcas da alma sofrida,
Num estado próximo a loucura,
E da forma convertida de sentido,
Triste.
E a busca da esquecida cura.

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Neucivaldo Moreira

De Neucivaldo Moreira, poeta amazônico nascido em Santarém.

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