
O senador Beto Faro (PT) teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), em decisão tomada por 5 votos a 2, nesta terça-feira (20). Diante da sentença, a defesa do parlamentar já deverá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A maioria dos magistrados, segundo o portal Roma News, acompanhou o relator Marcus Alan Gomes, que apresentou evidências consideradas contundentes sobre irregularidades eleitorais.
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O processo contra o senador petista apontou práticas como compra de votos, coerção de eleitores, corrupção e uso indevido de recursos financeiros na campanha, com envolvimento direto da empresa Kapa Capital.
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Práticas de corrupção
Segundo o juiz Marcus Alan Gomes, o esquema envolvia uma articulação ampla, que ia muito além de um grupo isolado de servidores.
A presença maciça de participantes, organizados conforme os setores de onde vinham, reforça a tese de que o uso indevido de recursos e práticas de corrupção estavam espalhados por diversos contratos terceirizados gerenciados pela Kapa Capital. Segundo ele, o caso revela uma estrutura enraizada e bem coordenada.
O magistrado do TRE paraense também chamou atenção para a forma como as recompensas financeiras foram oferecidas: uma abordagem cuidadosamente planejada, que tornava difícil resistir à proposta de apoio político em troca de benefícios.
No cargo
Com a cassação, o futuro político de Beto Faro depende agora do julgamento do recurso no TSE. Até lá, o mandato segue sob contestação jurídica, com possíveis desdobramentos no cenário político do estado do Pará.
Em resumo, o senador é acusado de abuso de poder econômico, captação ilícita de votos, corrupção e assédio eleitoral. Segundo a ação, protocolada pelo PL, funcionários da empresa de um aliado de Faro foram coagidos a votar nele em troca de vale alimentação extra.
Como a decisão é pela cassação da chapa, ela também atinge os suplentes do senador, Josenir Gonçalves Nascimento (PT) e Leny May da Silva Campelo (PCdoB). Em nota, Beto Faro já disse que vai recorrer da decisão.
Com informações dos portais de notícias Roma News e UOL
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