Jair Bolsonaro é o primeiro candidato explicitamente fascista a disputar a presidência da república porque deixou bem claro esse propósito, na sua longa carreira política, de 27 anos (quase o dobro dos 17 anos de caserna, sem brilho profissional).
É um homem violento, de rompantes descontrolados. No debate parlamentar, várias vezes não só ofendeu verbalmente os antagonistas como ameaçou sair para o confronto físico. Não convive bem com a liberdade pública, a pluralidade de opiniões, o respeito ao contendor.
Essa personalidade se traduz politicamente numa permanente referência a golpes de estado como a melhor saída para imes cruciais.
Manifestou sempre a crença em um poder de mando centralizado e forte, primeiro o (quando não definitivo também) para um regime de exceção e uma ditadura.
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Apresenta-se como messias, fazendo jogo de palavras com o próprio nome. Um líder messiânico capaz de resolver individualmente os problemas mais graves do país, o “esperado”, conforme definiu esse tipo de líder o integralista Plínio Salgado, na versão brasileira (do integralismo) do nazismo alemão e do fascismo italiano.
A última aparição de um personagem desse tipo, Fernando Collor de Mello, que prometia matar a inflação com uma única bala, deu no que deu.
Alguém que se julga possuidor da chave para o enigma nacional, como um iluminado, quando defrontado com o jogo dialético da política e do poder, invariavelmente tenta açambarcar o poder absoluto para si.
Um tanto atabalhoadamente, foi o que Jânio Quadros tentou em 1961. Renunciou subitamente à presidência da república, seis meses depois de a assumi-la, e voou para São Paulo.
Lá esperou pelas multidões irem buscá-lo e colocá-lo no trono do Palácio do Planalto, como um De Gaulle várias octanagens acima, mas isso não aconteceu. O impacto da surpresa e da decepção anestesiaram o povo.
O jornalista Carlos Castello Branco, seu assessor de imprensa, lamentou que não tivessem trancado Jânio no banheiro para que, suando, destilasse a água ardente com a qual costumava irrigar seu corpo (e principalmente o alucinado cérebro) quase todos os dias.
Jânio, como se sabe, foi o maior campeão de votos no Brasil até a eleição de 1960, prometendo limpar a sujeira do Brasil com sua vassoura moral, num varrer mágico de todo lixo nacional, sobretudo a corrupção, com aquele seu olhar arregalado e sua sintaxe surreal.
Comandava o Movimento Jânio Quadros, um antipartido antipolíticos, até aceitar a companhia da UDN (a moralista União Democrática Nacional), para viabilizar a sua campanha.
Somos até hoje órfãos dessa maluquice coletiva, que só poderia se consumar sob o comando de um cavaleiro messiânico como Jânio. Foi num clima parecido que Adolf Hitler subiu ao poder na Alemanha.
Para mostrar as analogias, reproduzi na edição anterior do Jornal Pessoalum trecho da biografia de Hitler por Joachim Fest. Porque vai na mosca. E a profecia surgiu sem essa intenção quando ninguém sabia quem era Jair Messias Bolsonaro.
Saberá quando – e se – ele chegar lá, como a nova solução mágica para o paquidérmico Brasil e a alternativa asséptica para evitar a volta indesejada do PT ao comando (no Palácio do Planalto ou a partir da cela especial na sede da Polícia Federal, em Curitiba), no outro extremo desta nação que não consegue nunca se equilibrar socialmente para que sua democracia avance.
O povo é quem, mais uma vez, tem razão: se queres conhecer o vilão, dá-lhe o tacão.
—* Lúcio Flávio Pinto, nascido em Santarém, é jornalista e editor do Jornal Pessoal, onde foi publicado originalmente o artigo acima.
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Como cronista do Jornal Cidade Nova de Ananindeua-PA, acompanho o Lúcio desde os anos 90 e por excelencia de suas matérias isentas de política e ideologias, bem construídas, atrevo-me a buscar no meu estilo naquele que sempre foi seu.
Não há dúvida, como bem disse, que amos pelos piores exemplos políticos e istrativos nos anos Bolsonaro.
Sempre sob o artífice do moralismo, tal qual o DUCE, que mostrou ao mundo que além do feudalismo, do monarquismo e posteriormente a República, havia uma nova fórmula para governar com amplo apoio popular.
Tal espectro, forjado no Marketing digital na empresa inglesa Cambridge Analítica que havia ali encontrado a nova fórmula que superaria a dos tradicionais bruxos do marketing político, e assim, estaria inaugurada a nova fase com o uso indiscriminado dos dados digitais dos usuários do Google e Facebook. Seus diretores, depois de denunciados por este crime e configursdo pela confissão do próprio Mark Zuckerberg, na I dos Estados Unidos, foi obrigado a proclamar que houve vazamentos de dados, assim, tal empresa entrou com pedido de falência e teve suas atividades encerradas.
No entanto, mesmo diante de I’s na Inglaterra e nos Estados, o seu vice presidente Steve Bannon, ainda continuou a dar assessorias a candidatos que possuíssem alguma simpatia popular, e vendia seus serviços com a promessa que os transformariam em heróis ou deuses defensores das causas populares. E assim ocorreu no Brasil que ardia nos incêndios da Lavajato e das prisões e das masmorras de Curitiba, nasce assim a figura nacional de Bolsonaro, que armado com essa inovação digital, sob orientações de Bannon, atuou criando e apontado como os inimigos do povo, o STJ, o Congresso Nacional, a mídia e indo além, construiu bandeiras próprias contra Ong’s, o negro, os homossexuais…
Tal alinhamento, apesar de ferir a moralidade e conceitos sociais que não era emoldurada pelo acirramento e pela polarização, garantia audiência cativa de seus seguidores amparados pelos radicalismo ou por conveniências e interesses mais escusos ante seus discursos vazios e toscos.
Nasce assim o Bolsonaro, um mero desconhecido que como um arlequim, em.sua página do face, empunhava uma metralhadora giratória dando a entender seu desejo de punir os imorais. Tal desconhecimento favoreu que sua máscara caminhasse na campanha usando cercadinhos e suas Live’s de forma vitoriosa e mesmo já sendo exposto seu ado mais turvo.
Ouso imaginar que se não ocorresse a prisão de Lula e este fosse impedido por toas as formas de não participar da campanha eleitoral, Lula por certo teria eleito Haddad. Mas absurdos também no mundo político ocorrem e favorecem os idiotas, e a facada por certo deu a Bolsonaro o motivo médico para fugir dos debates e assim, desqualificado por ter inteligencia limitada e não saber falar, poderia ter ficado pelo meio do caminho.
O Bolsonarismo ainda vive sob luzes que não se apagam e fornecem corpo e forma ao radicalismo insano de seus seguidores ou por ondas de empresários que amparados pela ideologia fascista, ainda buscam sustentar, ao arrepio do estado democrático, seus interesses e conveniências. Bolsonaro vive, mesmo diante do limbo em que seus algozes ousam enterrá-lo.
Esse poeta calado é um poeta
Esse poeta calado é um poeta
2022… HAHAHA
Só quero ver quanto tempo dura esse canto da sereia de vcs. o tombo vai ser gigante.
mas anta gosta de ser acompanhada por outras antas do tipo do guilherme de pádua… janaina paschoal… alexandre frota e por 58 por cento de antas eleitoras !!!!!!
três antas militares jogaram a Argentina na merda até hoje !!!! Uma anta militar jogou a Venezuela na merda até hoje !!! parece que as duas antas militares vão fazer o mesmo com o Brasil!!! Depois vão chorar cama que é lugar quente !!!!!
Olha as duas antas militares tocando o terror aí gente !!!!! chora cavaco !!!!
Um país de primeiro mundo como o Brasil ( estou falando de suas riquezas , potência agropecuária , agricola, de turismo e energia limpa ) não merece ser governado por duas antas militares !!!!
2 antas entreguistas.
Quem fala mal do Lúcio Flávio, não o conhece e tem conhecimento e fundamentação política e social para expor e afirmar TUDO acima , é muito mais…..nao não é petista, é brasileiro é luta pela democracia e defende os valores cristãos, éticos e usa respeito e a Verdade como ferramentas na construção dos seus textos e contextos.
Cirúrgico, José Maria!
A matéria não deveria se chamar “Bolsonaro é explicitamente facista. por Lúcio Flávio Pinto” e sim “a visão de um Petista que certamente vai parar de mamar nas tetas do Estado com a vitória de Bolsonaro”.
O Brasil cansou de fazer ‘vista grossa’ pro rouba mas faz, tanto o é que o PT em Santarém não teve mais representatividade expressiva após o governo Maria do Carmo, não tem mais voz ativa pq tem programas que não funcionam.
Não falam contra a corrupção, não querem fortalecer o Ministério Público, típico de quem tem medo de investigações.
Por fim, aceitem que dói menos, são 18 milhões de votos de diferença, caso não aceitem viver nessa democracia, peguem um avião com destino à Venezuela.
Felipe, te informa mais antes de escrever bobagens. O jornalista nunca foi petista e nem, a qualquer tempo, filiado a qualquer partido.
Bolsominion sempre com o mesmo papinho: mamar nas tetas do Estado.
mas esquece que bolsonaro ta 1991 no congresso e tem um desempenho nojento. Ele mamar pode, ne. E mais, nem todo mundo trata política feito um final de campeonato brasileiro. não precisa ser petista pra criticar o bolsonaro. Eu não votei nem 13, mto menos 17 no primeiro turno, pois vejo SEVEROS problemas nos 2. Contudo, apesar da vitoria do bolsonaro (conforme eleições de 2º turno desde 1989) ser praticamente certa, eu me recuso a votar nele no 2º turno -felizmente, ele ja conquistou voto de mtos iludidos, pobres manipulados. Vcs são só uma vara de porcos implorando pra virar linguiça.
Esse cara aí deve ser mais um Ptista desesperado porque vão perder…infelizmente tem aqui no Pará nosso povo continua elegendo corruptos como a família Barbalho
Lúcio Flávio além de jornalistas e sociólogo, é o maior pesquisador da Amazônia com vários livros escity.
Comparar Bolsonaro a Hitler. Agora vi. Não conhece a história nem de um e nem do outro. É bom ler ler mais sobre história.
Como já disse esse aí deve ser mais um petista desesperado
Lúcio e o Haddad? Você já leu o programa dele? A posição dele e do PT ? Acho que se o programa do Jair Bolsonaro fosse o mesmo do PT o mundo desabaria. Constituinte específica, controle da imprensa, trabalhar pra soltar o Lula, aparelhar o judiciário…etc. Gostaria que vc fizesse uma análise antes da eleição do candidato esquerdista
Do contrato vai dar a impressão que com a força da sua insuperável pena, está forçando com seu peso o lado esquerdo da gangorra.
O saudoso governador Hélio Gueiros é que estava certo, quando escreveu aquela célebre carta ao Lúcio Flávio, que iniciava mandando ele tomar no … da mãe dele e concluía assim: “I’m sorry …
Explêndida análise !!!! o Lúcido Flávio Pinto killed the snake e showed the stick !!!!! em tempos de angustias, desilusões e desesperanças coletivas o povo elege os seus bezerros de ouro…. tá no livro de exodo da Biblia Sagrada, e o resultado deu no que deu com o povo de israel…. o Coiso é mais um bezerro de ouro à la Janio, Collor, et caterva !!!!