
Na operação deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta quarta-feira (18), entre os mais de 50 presos presos está o médico Itamar Soares de Carvalho Júnior, que dirigiu a OS (Organização Social) IPG (Instituto Panamericano de Gestão). A empresa foi que assumiu a gestão das duas maiores unidades de Saúde de Santarém (PA), ainda no primeiro mandato do prefeito reeleito Nélio Aguiar (DEM) – 2017-2020. 4s691e
Por ordem judicial, devido a irregularidades na sua contratação e a contragosto do prefeito, a IPG foi afastada do comando da prestação do serviço, pelo qual recebia, por mês, cerca de R$ 5 milhões – durante quase 2 anos.
Batizada de Reditus, a operação teve como objetivo combater o desvio de recursos públicos na área da Saúde por meio da contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos no Pará. A PF cumpriu mais de 60 mandatos de prisão expedidos pela Justiça nos estados de São Paulo, Goiás, Ceará, Amazonas, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso e Pará.
Ontem (18), a IPG foi declarada oficialmente empresa inidônea (ficha-suja) por Nélio Aguiar. E, em consequência, está impedida de participar de licitações pelo prazo de 2 anos.
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A prisão de Itamar Júnior é temporária (5 dias).
Também foi determinado bloqueio das contas bancárias da Golden Vida Serviços Médicos Ltda, de propriedade do médico formado na Universidade de Nova Iguaçu (RJ). A empresa fechou negócios em Santarém. O bloqueio bancário foi de R$ 6 milhões, por decisão do juiz federal Antônio Carlos Almeida Campelo, da 4ª Vara Federal de Belém.
“Apurou-se que esta empresa possui transações financeiras contendo indícios da prática dos crimes ora investigados, conforme apontado no tópico XX desta representação”, ressaltou o magistrado em sua decisão, com 53 páginas. Os crimes investigados são: peculato, lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores, crimes da lei de licitações, promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa.