Audiência vai discutir tratamento de hepatite

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O MP (Ministério Público) do Pará em Santarém vai promover no próximo dia 18, a partir das 14h, na Casa de Cultura, audiência púbica para discutir e colher informações para viabilizar o tratamento de portadores dos vírus das hepatites B e C no município e cidades vizinhas.

A audiência será presidida pelo promotor Hélio Rubens, da promotoria de Direitos Constitucionais e Patrimônio Público.

Atualmente, os cerca de 100 portadores das hepatites B e C residentes em Santarém e nas cidades vizinhas tem que se deslocar para Belém, onde o tratamento é centralizado, para receberem a medicação e fazer exames.

O deslocamento é feito por meio do processo de Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

De acordo com o médico infectologista Paulo Abati, que atua no Centro de Testagem e Aconselhamento do Hospital Municipal de Santarém, a centralização do tratamento na capital gera transtornos aos pacientes, que tem que se deslocar e muitas vezes ficam mal acomodados.

O médico vai participar da audiência e apresentar um panorama sobre a doença na região.

Em Santarém não existe o tratamento específico para os portadores de hepatite B e C, nem os exames, incluindo os de evolução da doença que resultam em diagnósticos mais precisos.

Por isso, a audiência deve colher informações de como viabilizar a vinda de medicamentos e exames para o município, evitando o deslocamento dos pacientes e diminuindo os custos para o poder público.

– Aqui existem os médicos especialistas que podem conduzir o tratamento, e os hospitais – informa Paulo.

A doença

A maior incidência da hepatite C é na adolescência tardia e na vida adulta. No Brasil, estima cerca de 3,2 milhões de pessoas contaminadas. A principal via de transmissão do vírus é pelo sangue contaminado, por meio de transfusão, transplantes de órgãos, agulhas, seringas ou ferimentos ou pelo contato sexual.

É comum o portador conviver vários anos com a doença sem saber, pois os sintomas são geralmente leves na fase aguda e evoluem já na fase crônica. Sem tratamento, a doença evolui para cirrose ou câncer de fígado.

Fonte: MP/Baixo Amazonas


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