Mulheres são barradas em hospital público de Santarém por roupa acima do joelho

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Mulheres são barradas em hospital público de Santarém por roupa acima do joelho, Roupa no HMS, de Santarém
Quatro das mulheres proibidas de entrar no hospital por traje acima do joelho

Dezenas de mulheres foram impedidas de entrar em um hospital público em Santarém, oeste do Pará, nesta terça-feira (5) por causa da roupa que estavam usando.

Elas, de diferentes lugares do município, foram ao Hospital Municipal Alberto Tolentino Sotelo, no bairro Santa Clara, fazer visita a parentes e amigos ali internados, mas foram proibidas de entrar por não estarem com trajes adequados.

Segundo a advogada Naína Moura, que presenciou o episódio e tentou intermediar o ingresso das barradas, sem sucesso, elas foram informadas que a roupa delas “estava curta, acima do joelho”.

 

“Os porteiros Raimundo e Hericlisson nos disseram que estavam obedecendo normas editadas pela direção do hospital. Para visitantes, a entrada só é permitida com roupa abaixo do joelho”, relatou a advogada ao blog.

“Mulheres que vieram de longe, pagando agem de ônibus, foram constrangidas e impedidas de visitar seus familiares por causa desse dispositivo machista e discriminatório”, criticou.

À entrada do hospital, afixado em um mural, entre as orientações para acompanhantes e visitantes está que é vedada a entrada de “pessoas com roupas impróprias ao ambiente”, como “decote”, “blusa tomara que caia” e roupas “ACIMA DO JOELHO”, em letras garrafais.

CONTRAPONTO

Procurada, a assessoria do hospital não enviou ao blog até o fechamento desta matéria explicações sobre a proibição. O espaço para o contraponto continua aberto.

norma do HMS
Norma do hospital que impede a entrada mulherescom roupas acima do joelho

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6 Responses to Mulheres são barradas em hospital público de Santarém por roupa acima do joelho

  • O bom senso vai dizer que só usando burca a. Isso porque deve está escrito na bíblia e não na constituição

  • Ironicamente, um médico condenado por pedofilia em Santarém atuava num hospital público municipal, donde conclui-se que o mal não está na roupa dos visitantes.

  • Norma clara e objetiva tem que ser cumprida, e posteriormente questionada na justiça. Agora o bom senso tem que prevalecer. Poderia o hospital publicar e dar um prazo de 30 dias para conhecimento da população.

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