13 motivos que levaram o Ministério Público a pedir à Justiça Eleitoral a cassação do prefeito de Placas

Publicado em por em Justiça, Pará, Placas, Política

13 motivos que levaram o Ministério Público a pedir à Justiça Eleitoral a cassação do prefeito de Placas
Os Possimoser Raquel, ex-prefeita, e Arthur, prefeito: campanha eleitoral em Placas no ano ado com inúmeras irregularidades. Foto: reprodução

O mandato do prefeito e do vice-prefeito de Placas (PA) balançou. O Ministério Público Eleitoral, em parecer encaminhado à Justiça Eleitoral, pediu a cassação Arthur Possimoser (MDB), eleitos no ano ado, por abuso de poder político e econômico.

O promotor Nilson Pastrolin Ozorio, que assinou o documento, conforme o JC revelou nesta terça-feira (22), requereu ainda a inelegibilidade por 8 anos da prefeita Raquel Possimoser (MDB), acusada de ser a principal artífice do esquema político-eleitoral que ajudou a vitória a dupla Arthur-Leonir nas eleições de 2024 – eles tiveram 53,43% dos votos válidos, ante 42,38% obtidos por Rafael Brandão (REP).

Leia a seguir 13 motivos que levaram o Ministério Público a pedir a cassação dos eleitos.

1 – Uso da estrutura istrativa municipal para favorecer a candidatura de Arthur Possimoser (MDB). A coligação “Placas para Placas” (Republicanos, DC, União Brasil e Podemos) propôs a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) alegando que houve uso sistemático da estrutura istrativa municipal para conferir vantagem indevida a Arthur Possimoser (MDB). As provas juntadas ao processo incriminam a ex-prefeita Raquel Possimoser de ter utilizado a máquina pública para beneficiar a candidatura de seu sobrinho.

2Vinculação direta entre atos de gestão, discursos institucionais e a promoção pública de Arthur Possimoser, gerando desequilíbrio no pleito. As provas evidenciaram essa vinculação, comprometendo a isonomia entre os concorrentes.

3Participação ativa do candidato em eventos oficiais, promovendo sua imagem e vinculando-a a ações da istração pública comandada por sua tia, Raquel. Registros fotográficos e audiovisuais mostraram o candidato participando desses eventos.

4Envolvimento de servidores públicos na logística de eventos de campanha, reforçando a utilização indevida da máquina istrativa sob o comando da prefeita Raquel Possimoser para fins eleitorais.

5 – Anúncio do nome da coligação Placas Pra Frente (PT, PC do B, PV, MDB e PSD) em evento de vaquejada promovido pelo município, às vésperas das eleições. O nome da coligação foi anunciado por um locutor.

6Pintura do nome da coligação Placas Pra Frente em um muro de propriedade pública no recinto do evento e em placas publicitárias.

7 Utilização do slogan da gestão municipal (“Bora pra frente”), chefiada pela prefeita Raquel Possimoser, como nome da coligação partidária do candidato Arthur Possimoser. Isso demonstrou o esforço da tia e do sobrinho em vincular a atuação do Poder Executivo à candidatura de Arthur, em detrimento dos adversários. A prefeita também difundiu o slogan com recursos públicos no ano eleitoral, fazendo propaganda eleitoral em favor do sobrinho.

8Enaltecimento da figura do sobrinho da prefeita em diversas postagens nas redes sociais do perfil institucional da Prefeitura de Placas, conferindo-lhe enorme vantagem política em relação aos concorrentes.

9Solicitação de apoio político para Arthur Possimoser pela prefeita Raquel Possimoser durante a entrega de premiação em dinheiro em evento oficial, afirmando que a continuidade da gestão dependia da vitória do sobrinho nas urnas. Isso caracterizou, segundo o Ministério Público Eleitoral, abuso de poder político e econômico pela vinculação direta entre benefícios públicos e a candidatura.

10Indução de alunos a entoar o canto “Bora pra Frente, Arthur” durante os Jogos Escolares Municipais de Placas, demonstrando a instrumentalização de menores em ambiente educacional para finalidades eleitorais.

11Intervenção de Arthur Possimoser, então secretário de istração de Placas, em obra de recuperação da Vicinal do Nonato, recebendo apoio político e utilizando o bordão “Bora pra frente”, demonstrando usurpação de competências institucionais para fins eleitoreiros.

12Distribuição de cestas básicas por Arthur Possimoser fazendo referência à sua futura gestão, sugerindo a continuidade da atual gestão como condição para a manutenção dos benefícios sociais. O evento foi publicado no perfil institucional da Prefeitura de Placas no Facebook.

13Pagamento de diárias a servidores públicos da Prefeitura de Placas em datas coincidentes com eventos eleitorais da campanha de Arthur Possimoser. Foram citados os servidores Arlan Pedroso da Silva, Acelmo Costa Monteiro e Nalanda Cecília Oliveira Santos que receberam diárias em períodos de eventos da campanha ou pré-campanha de Arthur. O Ministério Público Eleitoral sustentou que tais pagamentos configuram desvio de finalidade, utilizando recursos públicos para financiar atividades eleitorais.

O Ministério Público Eleitoral concluiu que as provas demonstram a prática de abuso de poder político e econômico, comprometendo a normalidade do pleito.

Por isso, pediu à Justiça Eleitoral a cassação do prefeito Arthur Possimoser, do vice-prefeito Leonir Hermes (PSD), além da declaração de inelegibilidade dos 3 políticos por 8 anos.

— O JC também está no Telegram. E temos ainda canal do WhatsAPP. Siga-nos e leia notícias, veja vídeos e muito mais.


Publicado por:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *