Gleba Mamuru-Arapiuns volta a ser licitada

Publicado em por em Oeste do Pará

Da Agência Pará:

O Ideflor (Instituto de Desenvolvimento Florestal) do Pará relançou o edital de licitação de concessão florestal.

O documento foi publicado na edição do Diário Oficial de ontem (30), que disponibilizando 150,9 mil hectares de área nas glebas Mamuru-Arapiuns, no Baixo Amazonas.

A concessão florestal é um instrumento previsto na Lei de Gestão de Florestas Públicas, ou Lei 11.284/2006, que contribuirá para a oferta de madeira legalizada, gerando arrecadação para o Estado e trazendo benefícios para toda a sociedade.

A licitação será na modalidade concorrência, observado preço e técnica, abrange três unidades de manejo e será voltada para pessoas jurídicas de pequeno, médio e grande porte, consorciado, ou não.

Este é o segundo edital que licita áreas para a concessão na região do Baixo Amazonas, o primeiro foi publicado no final do ano ado e ou por ajustamento técnico.

As áreas de manejo abrangem os municípios de Santarém, Aveiro e Juruti e vão contribuir com a oferta de áreas para a produção madeireira e serviços ambientais de forma legal.

Leia mais em Pará oferta 150,9 mil ha do Baixo Amazonas para concessão florestal.


Publicado por:

7 Responses to Gleba Mamuru-Arapiuns volta a ser licitada

  • Frente ao clima de tensão existente no Mamuru-Arapiuns, com madeireiros, grileiros e mineradoras pressionando para se apropriarem de vastas terras cujos donos são os moradores das comunidades tradicionais da região, o governo está começando pisando com o pé errado na área.
    Com essa a briga tenderá a ficar mais feia… A não ser que o povo decida desistir da luta e morrer calado que nem sapo debaixo do pé do boi.
    Por que o governo não começou concluindo a regularização das terras do povo que há décadas, séculos e milênios já habita na área?
    Pelo jeito aquelas balsinhas que foram queimadas virarão fichinha diante do que vem por aí. Será que os caras de Belém pensam que aqui só tem “bananas”? Pois então anotem aí: o pau vai torar, mas não será do jeito que eles pensam não… E vamos aproveitar o movimento pra tirar de vez a RONDONBEL, a CG MADEIRAS e todos os demais forasteiros que chegarem com seus pistoleiros na área.
    A a floresta, a madeira, o minério é nosso! A terra é nossa!
    E vou dizer mais: vamos atacar pelo rio e pela floresta….
    O povo do Mamuru, do Rio Arapiuns, do Aruã, do Rio Branco, do Maró, do Lago Grande, das Glebas Nova Olinda, da Curumucuri e de Juruti Velho vamos retomar o controle da área, pois estamos vendo que o governo já está se posicionando do lado de lá.
    Vamos nos aliançar com os guerreiros q

    1. CONTINUAÇÃO…

      Vamos nos aliançar com os guerreiros do Alto Xingu e Tapajós que, assim como nós, estão enfrentando a pressão desenvolvimentista do capital predatório.
      Por que o governo não reconhece logo a propriedade coletiva das terras e promove o manejo florestal comunitário que tem menor impacto ambiental e é socialmente mais justo?
      Infelizmente o governo está preferindo o caminho da afronta aos interesses do povo da região atendendo às pressões das madeireiras que estão lá a promover a exploração clandestina da floresta acobertados por uma insuficiente e suspeita fiscalização da SEMA. Todas as madeireiras atuantes na área promovem a derrubada ilegal das árvores mais frondosas da floresta que vão encontrando pelo caminho… A madeira ilegal viaja em meio às toras dos planos de manejo, ou dos leilões armados. Só os fiscais da SEMA e IBAMA é que não conseguem ver.
      Uma coisa é certa: o governo optou pelo caminho do RISCO, do acirramento dos CONFLITO!
      Vamos ver no que vai dar…
      “Já chega de tanto sofrer! Já chega de tanto esperar! A luta vai ser tão difícil… Na lei ou na marra nós vamos ganhar!”

      1. Estamos juntos nessa guerra guerreiro . Abaixo a essas concessões que devastam as florestas , as terras são nossas , é nosso direito sobre ela .

    2. Olá João França !
      Trabalho na T, estou precisando de ajuda com algumas informações sobre esta região das glebas Curumucuri e Mamuru, gostaria de conversar via fone, skype ou e-mail. Talvez possa ajudar . Obrigada!
      Cássia

    3. 34 98885 4479 meu wats ssap. estamos na luta , a muitos anos. E não vamos desistir jamais . Os guerreiros da região me adiciona meu numero ai pra nois fortalecer nossas raizes. Tenho 6 mil hectares no Mamuru . Documento de posse a mais de 20 anos com CAR. Nunca eu pudi tirar um pau de la . Mas as concessão devastaram minha terra . Destruíram derrubaram tudo a mata . Tiraram só o file da madeira. O que me resta hoje é lutar pelo meu chão, minha terra que me resta .

  • O ano de 2010 foi importante para o ordenamento territorial e fundiário na região das grandes glebas estaduais (Mamuru, Nova Olinda, Curumucuri)

    Todavia é importante destacar que também ocorreram imes e retrocessos:

    O Governo Ana Julia não atendeu a toda as reivindicações da população local, negando-se a
    iniciar o processo de criação de duas Unidades de Conservação (uma Floresta e um Parque estadual), cedendo as pressões do setor madeireiro que no lugar delas emplacou 4 áreas de concessão florestal, que juntas somam mais de 173 mil hectares.

    Além do mais, embora o governo tivesse baixado o decreto que destina parte da Mamuru para a implantação do PEAEX Mamurú, acabou seu mandato sem cumprir com a sua criação, deixando os moradores em uma situação de incerteza frente à nova istração que assumiu o governo.

    Ou seja, na Gleba Mamuru, Ana Julia serviu o “Filé” aos madeireiros e negou o “Sopão” aos comunitários. Um claro exemplo da sindrome de PICANÇOMANIA, um dos motivos do pé na bunda que recebeu nas eleições de 2010.

    Agora o Governo J & J, nem assumiu e já está licitando essas áreas. São notórios os “vícios” com madeira dos dois Jota que agora dirigem o Governo .
    Mesmo assim espera-se que não se limitem a olhar apenas para o lado “madeireiro” e que possam dar continuidade ao processo de ordenamento, regularizando o restante das terras ainda em “disputa” na região, beneficiando seus moradores e não seus invasores.

    Tiberio Alloggio

  • Isso é tudo uma aramação para vender a madeira da floresta amazônica aos maiores comerciantes de madeiras do mundo: os países baixos. O Minc queria 21 bilhões mais só conseguiu vende-las por 11 ou 16 se não me engano. A forma de esquentar o comércio é via Fundo Amazônia, que foi a rifa das florestas brasileiras numa dessas rodadas nos cassinos (perdão cúpula não sei do quê). Foi dito criamos algumas florestas nacionais para esquentar para que voces papem a madeira, fizemos lotes e editais que brasileiro nenhum, nem mesmo os que estão desde a década de 90 defendendo estas florestas, possam papar. O cabelo de fogo do antigo Ibama e o sabonete do antigo Incra.
    Mas a prova cabal vai ser qual capital vai levar esses milhares de hectares de florestas públicas e brasileiras. Tá tudo armado pra o capital da finlândia, dinamarca, holanda, os grandes “doadores” do fundo amazônia paparem nossa amazônia. E por que ainda não o fizeram? Porque o Ministério Público Federal tá segurando a onda e pelo detalhe que mais gosto na amazônia e que temos exemplos desde Roosevelt, Ford, Jari e Jirau: projetos na amazônia não é bem assim como os branquelos imaginam, na dúveida veeeeeeeeeeeeenha!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *