Acentuação, a pronúncia na escrita. Por Alessandra Helena Corrêa

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Acentuação, a pronúncia na escrita. Por Alessandra Helena Corrêa

Na Língua Portuguesa, todas as palavras possuem uma sílaba tônica – aquela que recebe a maior entonação de voz. Mas nem todas, porém, são marcadas por acento gráfico.

Hoje vamos tentar entender, então, exatamente isso: saber em que palavras usar o acento agudo ou o acento circunflexo; e qual a relação da nossa acentuação com a pronúncia das palavras, e vice-versa (conversão fonema-grafema).

Alessandra *

Acentuar as palavras na nossa língua não é assim tão difícil: há uma lógica, depois que a conhecemos se torna mais simples.

Dessa forma você provavelmente não voltará a cometer inadequações quanto à acentuação e a pronúncia dos vocábulos (que também é muito importante, tendo em vista que a escrita é uma representação da fala).

Primeiro coisa que quero que você não se esqueça: uma palavra na nossa língua só tem três possibilidades de sílaba tônica (que pode, ou não, vir marcada com um acento gráfico).

Lembre-se! As palavras oxítonas e paroxítonas nem sempre serão marcadas com esses sinais (acentos); há regras lógicas, vamos conhecê-las.

 

A maior parte das palavras na nossa língua são paroxítonas; e essas, na maioria, nem sequer são acentuadas graficamente (agudo ou circunflexo), pois todas as palavras são, naturalmente, pertencentes a essa classe de entonação, a não ser que alguma regra se sobressaia a essa.

Como por exemplo: uma palavra que termine em uma das letras, que aqui chamarei de letras “imãs” (R, N, Z, L, são exemplos) que possuem a capacidade de atrair a tonicidade da palavra para a sílaba em que elas se encontram, quando vêm no final da palavra.

Quando isso acontece, naturalmente, a palavra se torna oxítona, sem haver a necessidade de um acento gráfico. Dessa forma, “se quisermos” que aquele vocábulo tenha uma entonação mais forte na sílaba anterior, aí então será necessário marcar a penúltima sílaba com um acento, graficamente, “puxando”, assim, a força fonética para ela.

Obs.: um acento, quanto a tonicidade da sílaba, se sobressai a qualquer força fonética de uma letra.

O que aprendemos?

 

→ Palavras paroxítonas terminas em letras “imãs” PRECISAM ser acentuadas graficamente para ganharem tonicidade na 2ª sílaba.

→ Não havendo letra “imã”, nem acentos gráficos, a palavra será sempre PAROXÍTONA.

Ficou curioso para saber mais sobre acentuação? Ouça então meus podcasts sobre o tema ou e via Instagram que eu te digo como: Alessandra Correa (@alehhelena).

♪ Ouça o episódio Acentuação – é prosódia que fala né?!, do podcast Ressuscitando a Gramática, no Spotify.

Ou baixe o programa e ouça no seu celular ou computador.


— * Alessandra Helena Corrêa, santarena, é graduada em licenciatura plena em Letras (Ufopa). Faz mestrado atualmente em Estudos Literários, Culturais e Interartes na Universidade do Porto, Portugal, onde reside.

LEIA também de Alessandra Corrêa: Gramática da língua portuguesa: faz sentido.


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