Do leitor Chico Corrêa, sobre o post Pará coloca o Norte no topo da violência:
No fim da década de 1980 andei por Itaituba e freqüentei aquele município até o inicio dos anos 1990. Era uma referência da violência na região, no estado e no Brasil, existia um poder paralelo.
O crime de pistolagem era rotina na própria área urbana do município, nos garimpos nem se fala, era uma verdadeira matança. O sujeito era medido pelo calibre da arma que usava, pelas quantas vidas que já tinha ceifado ou pela quantidade de assassinos que guardava sob sua proteção.
Criavam-se mitos. Lembro de um sujeito chamado Rambo, que atuava na localidade de Castelo dos Sonhos. Fazia a festa. Lá não pousava e nem decolava aeronaves sem sua autorização, mesmo sendo município de Altamira, a base era Itaituba.
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O ex-governador Jader Barbalho foi acusado de ter esse e outros mandantes como aliados.
Nada mudou. Só o palco, varia. Exceto a região do Salgado, o restante é uma violência só. Com desmobilização da garimpagem em Itaituba, a microrregião, liderado por Marabá, futura capital do estado do Carajás, reassumiu liderança da matança no estado. Motivação dessa violência: ouro, madeira e terra (grilagem).
A partir da redemocratização, esses assassinatos ocorreram em governos cujos titulares foram Jader, Helio Gueiros, Almir Gabriel e Simão Jatene.
O futuro Estado do Tapajós precisa ter indústrias, turismo forte, agropecuária exitosa e não apenas viver de rees. Para isso precisa mobilização política e empresarial.
Isso fará diminuir a violência e o Estado cumpridor do seu papel na segurança pública.
Algumas pessoas acreditam que com a separação a violência irá aumentar, é justamente o contrário.
Sem emprego e oportunidades é que a violência cresce. Isso é fato.
Agora precisa ter um efetivo policial sério e comprometido com o fim do narcotráfico.
Além de ar o nordeste, o Pará tem Itupiranga em 1¤ e Marabá em 4¤ lugar das cidades mais violentas.
“Pará eu te quero Grande” e também o estado mais violento do Brasil. Onde a presidência tem que interferir para conter a violência.
Me diz, o que mais mostra a incapacidade de um Estado de governar do que a intervenção rotineira da esfera Federal?
Vão me dizer que isso não é falta de policiamento na região do futuro estado do Carajás?
Os “Paraenses” de Belém não querem mudar, preferem viver reféns dos bandidos do Jurunas, preferem continuar andando na rua com medo de serem seqüestrados, terem suas mulheres violentadas e não fazem nada!
Preferem que esse governo paquidérmico continue do jeito que está e não mude. Que todos os políticos que entrem, queiram só saber do dinheiro que rola de todas as cidades do “Pará te quero Grande” e não investem, só roubam.
Acorda Belém!! Quem não quer o estado menor é quem não quer ser cobrado e ser vigiado!
É quem não dá a mínima pra necessidade de vocês e sim pro dinheiro que tem que ar pelas mãos deles.