Da leitora que se assina Euna Diniz, sobre o post “Cura gay” e “voto aberto”: votação agendada:
Uma sugestão de alguém que estuda o comportamento humano. E longe de mim, acreditar que sou detentora de todo o saber. Como disse, estudo.
Em primeiro lugar, vamos ler o PDL como um documento. Não há referência a cura. Muito ao contrário, extrai do texto do CFP o termo “cura da homossexualidade”. E em prosseguimento, essa retirada garante ao cliente e ao profissional a liberdade de trabalhar no ambiente terapêutico (setting terapêutico) as necessidades apresentadas pelo cliente.
Não é uma lei, ou a intolerância de alguns que deve determinar nosso trabalho na clínica, que rumos tomar na caminhada que o próprio cliente traça. A necessidade de cada pessoa que está em sofrimento psíquico deve ser trabalhada individualmente e respeitada. Seja ela aceitar-se enquanto homossexual ou deixar de sê-lo. Também isso é direito humano.
— ARTIGOS RELACIONADOS
Notem que não estou fazendo nenhum juízo de valor quanto à questão da homossexualidade, apenas precisamos ser verdadeiros e retirar essas rotulações equivocadas. Como essa e outras que a mídia tão prontamente abraça, sem dar os devidos esclarecimentos à população.
À contrário senso, o que dizer sobre pessoas heterossexuais que estão insatisfeitas com essa condição e que am por dilemas psicológicos e sociais? Será que este não é um problema sexual? Terá direito de buscar uma cura para o problema? Problemas psicológicos não é um problema de saúde?
Se ser heterossexual “pode” ser um problema ou trazer problemas para uma pessoa, inclusive levar a fazer um cirurgia de “troca de sexo”, porque um homossexual não pode estar também neste contexto?
Jamais o bom senso vai levar um profissional de psicologia a colocar no seu Portfólio, no seu currículo, no seu cartão de visitas que ele é especializados em “cura gay”, Sua clínica é especializada na cura de problemas psicológicos decorrentes da condição sexual do paciente.
Vamos deixar de ser hipócritas, ser heterossexual ou homossexual pode, dependendo do contexto, pode ser um problema, inclusive, grave. Problemas psicológicos são problemas de saúde e deve ser tratado da mesma forma que são tratados os pacientes que fazem troca de sexo.
Uma pessoa que opta por troca de sexo deve ar por tratamento psicológico ante e depois da cirurgia, inclusive para poder optar com convicção de que realmente quer se submeter a intervenção.
O primeiro problema que surge para uma pessoa insatisfeita em ser hetero ou homossexual não é a sua condição física – ter pênis ou vagina – surge sim no seu sentimento, no seu senso, na sua cabeça. O primeiro problema sexual pode ser psicológico.
O SUS atende ao paciente que quer fazer uma cirurgia para troca de sexo. O mesmo comportamento dever ser em relação ao acompanhamento psicológico, isso não é “heterofobia” e nem homofobia. Isso é direito de uma espécie “ser humano”.
Não é a interpretação da constituição, não é uma Lei, não é uma resolução de Conselho e nem pode ser um profissional ou a sociedade que vai retirar o direito do homossexual ou heterossexual, de trata de sua saúde, até porque sua opção não pode se construir em um problema sexual.
Não sou correligionário do deputado Marco Feliciano e não aceito esse discurso religioso fanático contra os homossexuais. Sou a favor da igualdade de direitos entre as pessoas, independente de condição sexual, cor, religião etc.; sou a favor da união civil (casamento) entre gays, também.
Mas nesse episódio da “cura gay” o deputado está certo: estão impedindo que uma classe de profissionais exerça sua profissão e dê sua opinião.
Cura do homossexualismo não existe, quem é gay já nasceu assim e não é pior nem melhor do que ninguém por causa disso; mas o profissional de psicologia tem o direito de prestar orientação a quem o procura devido a questões de (homos)sexualidade, para ajudar o paciente a “se encontrar”.
O próprio deputado dá sua explicação aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=LcClBBNeczc&feature=em-hot
Acredito eu que os profissionais da psicologia não sáo contrários em atender pessoas com conflitos internos, como o em pauta, ou seja alguem que aceita ou nao sua sexualidade. O que não item é que a homossexualidade seja encarada como uma doença e que como tal, pode ou não ser curada.
Exatamente Giselle Alho, como psicólogos não somos e não podemos ser contrários em atender quaisquer pessoas em sofrimento psíquico. A resolução do Conselho nos direciona e como profissionais estamos sujeitos a ela e suas “interpretações”. E é exatamente por isso que os textos que são construídos para nortear uma profissão necessitam ser claros e no nosso caso, sempre privilegiar a necessidade do cliente e não a nossa, ou o que achamos que seja.
Não há como fazer explicações teóricas aqui, porém é importante pontuar que NÃO CURAMOS ninguém, de qualquer sofrimento psíquico que seja. O atendimento psicológico é um processo de descoberta, amadurecimento e direcionamento construídos em terapia para minimizar o sofrimento do cliente. O processo é do próprio cliente e é ele, somente ele que determina a direção em que a terapia caminhará! Somos facilitadores desse processo!
Isso. Ê como entendo também. E vejo que penso da maneira correta. Não existe cura e sim aceitação ou não. E as palavras acima, vIndo de uma profissional como você, fico feliz em ver que penso de forma sensata.
Simples, direta e correta a mensagem de Euna Diniz. Há realmente muitos equívocos, de parte a parte, no enfoque dessa questão. Proibir que alguém procure a ajuda de um profissional é icompatível com os direitos humanos. E isso não tem nada a ver com homofobia. Tem a ver com o direito à liberdade de cada um. Se alguém se sente feliz com a própria homossexualidade, tem todo direito de se sentir e continuar se sentindo feliz. Se, ao contrário, não se sente bem em ser gay, tem todo o direito de procurar quem o ajude a resolver esse conflito interior.
Perfeita a sua colocação e a mensagem de Euna Diniz. Tenho pensado muito a respeito desse tema, e dou o exemplo de pessoas que, segundo elas, em algum momento de suas vidas aram por situações que as levaram a ter comportamentos homossexuais. Situações de que presenciaram a vida toda suas mães ser espancadas pelos maridos, foram maltratadas e em consequência dessa experiência, foram “levadas” a “esse conflito interior”.E aí? O direito à “cura” é ou não é assegurado?
Espero que a cura gay seja pelo SUS, com toda certeza essa cura nunca vai acontecer!
PAZ E LUZ
FORÇA E HONRA
INFELISMENTE O CONGRESSO E A COPIA DE NOSSA SOCIEDADE.
O trabalho dos parlamentares deveria ser avaliado como toda prestação de serviço é. Por exemplo: v. chama um pedreiro, contrata para o serviço e só paga se o serviço for feito a contento. Assim deveria ser. O parlamentar é eleito defendendo uma plataforma de trabalho e só receberia se o seu trabalho fosse a contento. Caso contrário, deveria devolver o dinheiro. O deputado Feliciano o que fez até hoje a não ser desrespeitar a Constituição? A “cura gay” era proposta de sua plataforma? Enfim, como nosso Congresso é um balaio de gatos, prova que mais uma vez nos foi dada com a votação da PEC 37, temos que pagar um alto salário para assistir a baboseiras como essa. TAPAJOARAMENTE AZUL,
Meu caro, acho que você não leu direito o post e fez um comentário reproduzindo as distorções que a mídia está anunciando do projeto.