Belo Monte, uma desgraça só

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Contraponto do leitor que se assina Xinguara ao post Energia limpa e interesse nacional:

Sebastião Imbiriba,

A nossa vida já está desgraçada, você não sente? Não percebe? Essa realidade você vive, nós todos vivemos diariamente. A mãe Terra agoniza, os terremotos, as enchentes, o efeito estufa, as geleiras derretendo, deslizamentos de terra, muitas vidas que se vão a cada nova tragédia.

A energia dessas usinas não é limpa, porque se fosse não deixaria florestas apodrecendo embaixo d’água, não destruiria a natureza, não causaria tantos estragos, tanta sujeira. Grande parte da população de Altamira teme este projeto por que tem medo de suas consequências, pois já sabe que parte da cidade vai alagar, e ainda tem recente na lembrança a tragédia ocorrida no ano de 2009 com o estouro de barragens.

Vitória do Xingu também será enormemente impactada, pois parte de seu território ficará submerso. Que Senador José Porfírio (adorável Sousel), banhado por um dos mais majestosos rios do mundo, o Rio Xingu, também sofrerá consequências, pois a seca irá castigar aquele povo humilde. E o que dizer dos povos indígenas que ficarão sem suas terras?

O interesse do Ministério Público é acima de tudo público e isso é claro, cristalino, inconteste. Só não vê quem é caolho. Abstraio disso tudo, que ou você, na sua ignorância, defende os interesses do capitalismo, ou faz parte daquela pequena parcela que irá se beneficiar com a miséria da população e a destruição da natureza.

BELO MONTE NÃO É INTERESSE NACIONAL, NUNCA FOI!


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7 Responses to Belo Monte, uma desgraça só

  • A grande questão é a seguinte: a quem interessa, verdadeiramente, Belo Monte? Acredito que Tucuruí já nos mostrou suficientemente que os principais interessados nesses megaprojetos é o grande capital nacional e internacional: grandes construtoras, empresas de mineração, o latifúndio, políticos profissionais… Aí surge uma pergunta bastante comum: mas esse grande capital não gera emprego e renda para a população? Gera, em pouca quantidade, mas trás mais miséria que benefícios, pois exclui muita gente desse processo. A favelização crescente das cidades próximas não é um bom exemplo disso? Meus caros, existe uma lei inerente ao capital: sua expansão gera concentração, desterritorialização e, portanto, exclusão da imensa maioria (desenvolvimento sim, mas para poucos): é só olharmos em nossa volta. Belo Monte não deve ser considerada um desastre natural. A natureza não é o problema. As relações sociais que geram isso é que são: aquelas ligadas ao modo capitalista de produção. O Estado, nesse contexto, que é um Estado classista, tem sua função reafirmada: privilegiar as territorialidades hegemônicas, e àquelas territorialidades não-hegemônicas (índios, ribeirinhos, agricultores familiares, caboclos extrativistas, etc.) é negada a sua sobrevivência, sendo os primeiros a sofrerem com a barragem. Viva Belo Monte, viva o Capital, viva a Barbárie!!!!!!!!!!!!

  • Todo crfescimento traz sim prejuízo, mas esse prejuízo precisa ser estudado. De que adianta crescimento se o ecossistema está sendo ceifado. Para que existe taxisonomos, engenheiros florestais, climatólogos se eles não são consultados para que esse tipo de obra , como de uma hidrelétrica seja construida? E depois de que vai adiantar megalopoles, grandes hidrelétricas se os próprios criadores não arão seu “habitat”? Tudo vai ser lixo! Aos poucos estamos nos matando, para muitos tudo parece banalidade! Acordemos pra realidade, estamos acabando com a nossa vida. A natureza já mostra sem mascaras a sua fúria. Cuidado, o capitalismo pode te matar!!!você!!!

  • João,
    Sempre podemos sugerir a busca por fontes renováveis de energia que não polui, a mais limpa possível, tais como a energia solar e a eólica, já que o Brasil tem potencial para isso.
    Li um artigo tempos atrás, que informa que a única fonte de energia inesgotável e externa ao nosso planeta é o sol.
    Segundo o artigo, “Para se ter uma idéia deste enorme potencial, basta dizer que a quantidade de sol que incide na terra durante dez dias é equivalente a todas as reservas de combustíveis fósseis existentes. E o Brasil recebe a maior incidência de sol no mundo, no entanto apenas cerca de 6MW de energia são aproveitadas. O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, possui a maior central solar do mundo, onde se utiliza o sistema de espelhos côncavos (helio-térmica) que direcionam a energia solar para uma tubulação de aço inoxidável, onde a água é aquecida. A utilização desta técnica não permite armazenar a energia produzida, mas com o advento das células fotovoltaicas (feitas de silício), por volta de 1980, a a ser possível não apenas armazená-la, mas também transformar energia térmica em elétrica. Este sistema de energia pode alimentar uma casa mesmo durante a noite ou em dias chuvosos”.
    Assim, caro João, mesmo não conhecendo muito sobre o assunto, vejo alternativas que podem ser pensadas e praticadas pelo Brasil, porém, elas não geram lucros para o capital selvagem, pois, pouco importa se o Rio Xingu é lindo e necessário à nossa sobrevivência, pouco importa se a natureza tem que ser preservada para as presentes e futuras gerações, como diz a Carta Magna.
    Só me resta lamentar, pois o leilão já aconteceu… logo, logo, o majestoso Rio Xingu será sinônimo de morte e miséria.

    1. Meu amigo,

      Mas de onde pegou essa ideia que uma barragem é sinonimo de “morte e miséria”?
      Uma barragem é uma barragem….e ela forma um lago. A natureza faz isso de forma espontânea inclusive em forma de “desastres”.
      Lagos….naturais e artificiais, existem em todo canto do mundo sem que isso signifique “morte e miséria”.
      Porque o homem não pode fazer uma barragem, criando um lago e de quebra produzir energia limpa de forma planejada? Porque não poderia, através disso, melhorar a vida das pessoas?
      Se projetadas e realizadas com critérios, as barragens geram oportunidades para todos, natureza e povos indígenas incluídos.
      Agua, Sol e Vento são energias renováveis. Não apenas Sol e Vento. Entendeu?
      O Brasil tem Sol, Vento e muita Água também.

      “Morte e Miséria” não am de mera especulação moral, de quem não tem outros argumentos para contradizer a lógica e o bom senso.

      Tiberio Alloggio.

  • JESO,

    AINDA AGORA HÁ POUCO, LÁ POR VOLTA DAS 13:50, SOFREMOS UM PIQUE DE ENERGIA.
    ( NÃO SEI SE FOI EM TODA A CIDADE).
    A INTERNET EM SANTARM FICOU TODA MOLHADINHA E FOI DORMIR.
    TODOS OS COMPUTADORES TIVERAM QUE SER REINICIADOS…
    A LUZ (PROPRIA,MENTE DITA) FICOU FRAQUINHA, FRAQUINHA….
    E AINDA TEM GENTE QUE DIZ QUE A GENTE NÃO PRECISA DE MAIS ENERGIA PRA SUPRIR A NECESSIDADE DA REGIÃO E DO RESTO DO PAÍS…
    QUEM É QUE NÃO FICA P… DA VIDA QUANDO FALTA ENERGIA POR APENAS DUAS HORINHAS OU MAIS ?? OU MENOS ATÉ ??
    PERGUNTINHA BOBA: VOCÊ QUE É CONTRA A CONSTRUÇÃO DA USINA DE BELO MONTE E DE OUTRAS PELO BRASIL E PELO MUNDO AFORA, TOPA SE SACRIFICAR E ABRIR MÃO DE TODO O CONFORTO E PROGRESSO QUE NOS (E LHE É TAMBÉM) É PROPROCIONADO PELA ENERGIA ELÉTRICA ?

    CHAGUINHA

  • https://analisedeconjuntura.blogspot.com/

    Termina leilão de Belo Monte; diferença de preço fica em 5%

    Durou poucos minutos o leilão da usina de Belo Monte. A proposta vencedora apostou em um preço da energia apenas 5% abaixo da concorrente. O resultado ainda não foi divulgado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
    Segundo a agência reguladora, dois consórcios fizeram o aporte de R$ 190 milhões (1% do investimento total). São eles:

    1º Consórcio Norte Energia (nove empresas):
    Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF), com 49,98%
    Construtora Queiroz Galvão S/A, com 10,02%
    Galvão Engenharia S/A, com 3,75%
    Mendes Junior Trading Engenharia S/A, com 3,75%
    Serveng-Civilsan S/A, com 3,75%
    J Malucelli Construtora de Obras S/A, com 9,98%
    Contern Construções e Comércio Ltda, com 3,75%
    Cetenco Engenharia S/A, com 5%
    Gaia Energia e Participações, com 10,02%

    2º Consórcio Belo Monte Energia (seis empresas):
    Andrade Gutierrez Participações S/A, com 12,75%
    Vale S/A, com 12,75%
    Neoenergia S/A, com 12,75%
    Companhia Brasileira de Alumínio, com 12,75%
    Furnas Centrais Elétricas S/A, com 24,5%
    Eletrosul Centrais Elétricas S/A, com 24,5%

    A usina de Belo Monte terá capacidade instalada de 11.233,1 MW (megawatts). O início da geração está previsto para fevereiro de 2015. Será vencedor o consórcio que oferecer a menor tarifa. Com investimentos previstos de R$ 19 bilhões, o preço-teto por megawatt-hora era de R$ 83.

    O leilão ocorreu logo após o TRF 1ª Região (Tribunal Regional Federal) derrubar a liminar determinada pela Justiça Federal em Altamira (PA) contra o leilão da usina hidrelétrica.

  • Parcialmente concordo, mas todo desenvolvimento trás exatamente isto, porem sugiro que vc de alternativas para resolver este problema mundial da falta de energia para a população que não para de crescer.

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