A morte de Maísa de Sousa da Silva, de 20 anos, tem causado revolta na população, que pede justiça no município de Faro, oeste do Pará, expondo supostas falhas no hospital local. Na segunda-feira (12), a jovem teria sido submetida a retirada de uma glândula de Bartholin, na região íntima, vindo a falecer devido à falta de estrutura e insumos da unidade de saúde.
De acordo com relatos de testemunhas, Maísa teria sido vítima de uma reação alérgica e não havia no hospital nenhum medicamento antialérgico e nem equipamento para reanimação.
Há relatos também de que a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) não tem abastecido o centro cirúrgico com os insumos (medicamentos) necessários.
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Após 4 horas do ocorrido, levando em conta a gravidade do quadro clínico, a equipe médica optou por transferir a jovem para cidade de Parintins, no Amazonas. Mas houve dificuldade na remoção da paciente.
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Tudo devido a precariedade da lancha, que mal ava uma maca. O transporte, então, foi feito de improviso na popa de uma voadeira. Maísa acabou tendo uma parada cardíaca durante a viagem, e faleceu antes de chegar ao município amazonense, próximo a Faro – cerca de 3 horas de lancha.
Nas redes sociais, a Prefeitura de Faro manifestou pesar com o falecimento de Maísa Silva. “A istração e todos companheiros de trabalho se solidarizam com seus familiares e amigos e expressam condolências”, destacou a postagem.
O JC tenta o contato com a istração municipal para obter esclarecimentos sobre o caso e sobre as denúncias em relação ao hospital.
A Semsa é comandada em Faro, na gestão do prefeito Paulo Carvalho (PSD), por Edilza Farias, auxiliar de enfermagem. O hospital municipal Dr. Dionísio Bentes, dirigido pelo médico Yordanes Pérez, foi onde Maísa Silva deu entrada para a retirada da glândula.
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