Os avanços de Santarém e oeste do Pará

Publicado em por em Artigos, Infraestrutura, Oeste do Pará

por Olavo das Neves (*)

Olavo das Neves - Blog do JesoSabemos que Santarém e o oeste do Pará possuem enormes problemas, porém não podemos negar que estamos em permanente processo de crescimento em diversos aspectos. Bem verdade que num ritmo bem menor que gostaríamos, mas é inconteste que estamos sim avançando.

As informações a seguir tem o objetivo de mostrar um lado que muitas vezes fica apagado em virtude da ênfase que é dada às notícias negativas do oeste do Pará amplamente divulgadas, num processo que tenho percebido prejudicar muito nossa autoestima.

Ressalto que grande parte das consolidações, ações em curso e perspectivas aqui apresentadas são frutos da construção ao longo do tempo de vários atores, sejam eles partidos políticos, entidades, até mesmo empenhos pessoais. Porém, minha intenção está longe de querer fazer qualquer apologia a este ou aquele ator.

Minha intenção, com o apanhado de informações que segue, mais uma vez, tem a única finalidade de apresentar uma Santarém e oeste do Pará que avança, sim, e que trará enormes conquistas nos próximos anos.

Santarém hoje
– Fundada em 22/06/1661, hoje com 352 anos;
– Localizada entre as duas principais metrópoles da Amazônia (Belém e Manaus);
– 3ª cidade mais populosa do Pará com população estimada de 299.411 habitantes;
– 7ª cidade mais populosa da região Norte, à frente de capitais como Palmas e Boa Vista;
– Em 2012, atingiu PIB de R$ 3,2 bilhões;
– Possui o 5º aeroporto mais movimentado da Região Norte do Brasil, à frente de duas capitais (Boa Vista e Rio Branco), com movimentação de ageiros superior a meio milhão por ano;
– É cidade polo da região oeste do Pará.

BR 163 novo progresso jornal o atualTrecho da BR-163 com pavimentação concluída

Pavimentação da BR-163 (Santarém-Cuiabá):
– Atualmente o fluxo de veículos é ininterrupto;
– Faltam pouco mais de 230 km para o completo asfaltamento;
– Previsão de conclusão nos próximos 18 meses;
– Integrará definitivamente a região oeste do Pará à região Centro-Sul do Brasil através do modal rodoviário;
– Consolidará Santarém como um dos mais importantes Polos de Integração Logística do Brasil.

PA 370 – Santarém-Uruará:
– Rodovia que trará grande integração para o oeste do Pará, através da conexão entre a região do Baixo Amazonas e a região do Xingu;
– A consolidação da PA-370 encurtará em 150 quilômetros a distância entre Santarém-PA e Altamira-PA;
– A rodovia também facilitará a conexão terrestre da região oeste do Pará com a capital do Pará.
– Pavimentação da PA-370, já anunciada pelo Governo do Estado e com recurso disponível para execução.

Centro de convenções em Santarém:
– Definida área para construção do empreendimento;
– Orçamento já disponível para execução;
– Trará grande desenvolvimento não apenas através do turismo de eventos, mas também agregará muitos benefícios para população do Oeste do Pará através de diversas atividades.

Agronegócios no oeste do Pará
– Atualmente somos o maior produtor de arroz e soja do Pará;
– Na produção de milho somos o 2º lugar no Pará;
– Somos o 3º maior produtor de mandioca do Pará e o 4º do Brasil;
– Atualmente estamos com 55 mil hectares de área utilizada;
– Temos 600.000 hectares de áreas antropizadas aptas para produção (Santarém, Belterra e Mojui);
– Solo atestado como de excelente qualidade, possuindo pequena necessidade de correção;
– Em relação ao nosso rebanho (bubalinos e bovinos), a região ou para categoria de área livre de Aftosa c/ vacinação (Brasil), e em maio/14 esperamos a liberação da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) para status mundial;
– Hoje já recebemos DIARIAMENTE um fluxo de 95 carretas bitrem de grãos para escoamento via Porto de Santarém;
– Fortes investimentos na produção de açaí despontam na Calha Norte, sendo um projeto acompanhado de perto por diversos órgãos de produção, fomento e assistência.

Entreposto da Zona Franca de Manaus em Santarém
– Investimento previsto da ordem de 100 milhões;
– Edital já foi lançado para operacionalização do Armazém Geral;
– Expectativa de implantação em 6 meses;
– A título de informação, em 2012 a movimentação do Entreposto de Uberlândia atingiu 1,5 bilhões;
– Atualmente o escoamento da produção da Zona Franca de Manaus através de Belém ou Rondônia demandam 10 dias para chegar ao Centro-Sul do País, com a implantação do Entreposto em Santarém será reduzido para 5 dias o tempo médio até o destino;
– A expectativa é preparar um Armazém de 10 mil m2 e um pátio de manobras de 50 mil m2.

Santarém, Polo de integração logística do Brasil
– Com o asfaltamento da BR 163, aliado a conexão Fluvial/Marítima já existente, além da malha aeroportuária que contempla o Oeste do Pará a partir de Santarém, consolidamos definitivamente a Região como importante elo de integração dos diversos modais de transporte.

INDÚSTRIAS COMEÇAM A CONHECER NOSSO POTENCIAL, DEMONSTRANDO INTERESSE EM INVESTIR NO OESTE DO PARÁ
– Com a plataforma logística implantada em Santarém, várias indústrias começam a sinalizar interesse de instalação na região, pois além da abundância de matérias prima, contará com escoamento facilitado através desta nova realidade que amos a oferecer.

INSTALAÇÃO DE PORTOS PARTICULARES
– Atualmente existem duas unidades em acelerado processo de prospecção e licenciamento;
– O investimento previsto na implantação de cada unidade é da ordem de 400 milhões;
– Uma das unidades deve iniciar a operação de movimentação de grãos da ordem de 6 milhões de toneladas ano, com possibilidade de expansão para 8 milhões;
– Outra unidade já deve iniciar com movimentação de 8 milhões de toneladas ano;
– Inicio do projeto previsto ainda para 2014.

INTERCEMENT (Fábrica de Cimento) EM SANTARÉM
– Expectativa de anuncio definitivo do projeto em Santarém ainda no primeiro trimestre de 2014;
– Os investimentos para a fábrica regional estão orçados em R$ 800 milhões, com capacidade instalada de 900 mil toneladas ao ano;
– Na implantação de uma unidade da InterCement serão gerados mais de mil empregos e no decorrer da operação 150 colaboradores diretos.

RIO TAPAJÓS SHOPPING
– 39 mil m2 de área construída;
– 25 mil m2 de área locável (69% já negociado);
– 148 lojas;
– 10 Âncoras (Lojas Americanas, Riachuelo, Cinesystem, Play Park, CR);
– 1.912 Vagas de estacionamento;
– 1.500 Empregos na fase inicial;
– 2.800 Empregos diretos e indiretos na consolidação;
– Cinco salas de cinema, sendo duas 3D;
– Inauguração em Setembro/2014.

IMPLANTAÇÃO DA ZONA INDUSTRIAL DE SANTARÉM
– Iniciado processo de prospecção de área, tendo como expectativa 1.000 Hectares;
– São estimados 7 milhões na fase de aquisições de áreas (Estado) + 2 milhões em infraestrutura (Prefeitura);
– Criará oportunidades muito interessantes, propiciando a inserção de empresas que atualmente estão buscando na região áreas e incentivos para instalação.

SANTARÉM COMO POLO INDUTOR DO TURISMO PARA O OESTE DO PARÁ
– Santarém está inserida na rota do turismo internacional, tendo todos os anos um intenso tráfego de cruzeiros transatlânticos vindos da Europa e EUA;
– Santarém está contemplado como um dos 65 destinos indutores do Turismo no Brasil (Pólo Tapajós – Alenquer, Belterra, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná e Santarém);
– Atualmente a ocupação dos hotéis da cidade é de 68%;
– É fonte de matérias constantes em mídia especializada, como a REVISTA NÁUTICA que estampou 12 páginas sobre a região, além das revistas de bordo da TAM e GOL;
– Considerada a cidade arqueológica mais antiga do Brasil (National Geografic).

SANTARÉM CIDADE UNIVERSITÁRIA – PÓLO DE CONHECIMENTO
– 14 Instituições Instaladas;
– 69 cursos regulares de graduação e pós graduação;
– 27.000 alunos matriculados (INEP, 2013);
– Grande contribuição para a economia da região através de diversas frentes;
– Consolidação de um importante Pólo de conhecimento na Região Oeste do Pará.

OUTRAS AÇÕES EM CURSO:
– REBAIXAMENTO DO LINHÃO DE ENERGIA EM TODA CALHA NORTE;
– ZPE – ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÃO;
– ALC – ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO;
– AMPLIAÇÃO DO TERMINAL PORTUÁRIO DA CDP;
– AMPLIAÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL EM SANTARÉM;
– ASFALTAMENTO DA PA DE INTEGRAÇÃO QUE LIGA SANTARÉM A MONTE ALEGRE;
– PLANO DE ASFALTAMENTO PERMANENTE DAS PA´S NA CALHA NORTE.
– ENTRE OUTROS.

PERSPECTIVAS SENDO TRABALHADAS:
– GRUPO INTERNACIONAL ESTÁ PROSPECTANDO EM SANTARÉM UM PORTO PRIVADO COM IMPLANTAÇÃO DE CINCO UNIDADES FABRIS PARA BENEFICIAMENTO DE GRÃOS;

Observações:
– Nesta apresentação foram utilizadas diversas fontes de informação como: IBGE (2012), SEPOF/PA (2012), CEAMA (2013), FACIAPA, ACES, SIRSAN, PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTARÉM, GOVERNO DO PARÁ, etc.;
– As ações aqui apresentadas tem forte acompanhamento do FÓRUM DE ENTIDADES REPRESENTATIVAS DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA DO OESTE DO PARÁ.

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* É empresário em Santarém e região e preside atualmente a Faciapa (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará).


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20 Responses to Os avanços de Santarém e oeste do Pará

  • De fato, Santarém está estagnada. Quem já viveu algum tempo fora daqui, quando volta percebe a grande diferença; as grandes cidades do Brasil também têm seus problemas (e são muitos), mas em Santarém algumas pessoas olham só as oportunidades comerciais, como as citadas pelo (futuro candidato) Olavo das Neves, enquanto outras pessoas as temem e querem que Santarém fique como está ou volte no tempo.
    E alguns berram na imprensa dizendo que os problemas de Santarém são causados pelo PROGRESSO. Ora, o que temos em Santarém é DESPROGRESSO.
    Falam como se Santarém fosse um paraíso antes da chegada da Cargill, da Buriti, da Ufopa, dos “gaúchos”, “da maldita soja” etc. Já ouvi amigos meus dizerem que não se conformam que santarenos votem em alguém “de fora” para vereador (tamanho preconceito me dá vergonha de meus parentes).
    Critiquemos a Cargill (temos esse direito); mas a Cargill é culpada pela falta de esgoto em Santarém? Os agricultores sulistas têm culpa pela falta de transporte coletivo decente em nossa cidade?
    Cadê o investimento num sistema de drenagem pluvial para evitar os alagamentos como os de hoje? Cadê a rede coletora de esgotos? E coletar esgotos não é só recolher e lançar no mar ou rio; é preciso tratar os efluentes para depois lançar no rio a água limpa, evitando a poluição.
    Cadê o transporte coletivo que queremos e precisamos? Alguém está pensando em quantos habitantes Santarém (para citar só nossa cidade) terá daqui a 20 ou 30 anos? Não seria a hora de analisar projetos de outras cidades (dentro e fora do Brasil) de transporte coletivo, para adaptar ideias de sucesso e começar a implantar já em Santarém um sistema de terminais de ônibus ou até um VLT (veículo leve sobre trilhos)? (Não vou falar em metrô, senão alguém vai dizer que Santarém jamais precisará disso…) Ou acham que isso só é necessário nas cidades do “Sul”?
    Vamos acordar! Vamos perder o medo do progresso, mas sem se deixar levar pela preguiça e promessas milagrosas. É possível conciliar desenvolvimento econômico e bem-estar social e ambiental, desde que se faça planejamento e se acompanhe a implantação dos projetos.
    Santarém irá crescer economicamente, isso é fato; quem viver, verá. A questão é: como crescerá? Quem colherá os frutos desse crescimento? O crescimento trará também desenvolvimento? Trará mais educação? Mais saúde? Bibliotecas? Lazer?
    Se nossa mentalidade não mudar, alguns ficarão (mais) ricos, e será só isso.

  • Peço a Jeso Carneiro a correção do nome Olavo Nunes para Olavo das Neves. Obrigado.

  • Parabéns ao jovem empresário Olavo das Neves, que fez um completo sobre o que já foi feito, o presente e o futuro de Santarém e a região Oeste. Acho que ele tem razão: o pessimismo nada constrói. Ao contrário, não deixa a roda girar de tanto energia negativa. O que precisa ser feito é cobrar seriedade, ética e empenho dos políticos em busca do desenvolvimento da região. Um exemplo: o que o governo estadual, municipal e os políticos do Pará, principalmente os da região, têm feito para exigir a conclusão (sempre adiada) da BR-163? Nada.

  • Falta um plano urbanistico, livrarias, bibliotecas de qualidade, calçada para circular, internet de qualidade, arborização, preços mais justos, hoteis com melhor serviço, embelezamento do centro da cidade, um porto de verdade, um aeroporto digno, transporte público real, áreas de lazer. É muito triste morar em Santarém, para quem vem de um centro maior, é depressão na certa. Nao tenho esse orgulho de ser e morar em Santarém, para mim, é uma cidade parada no tempo, os empresarios nao patrocinam esporte, lazer, ensino, apenas pensam em lucros e em vender uma cidade que nao existe. Alter do chão nao sustenta turismo, quem ja viajou pelo mundo gosta nos primeiros cinco minutos, depois, perde o encanto. Quero uma Santarém com economia forte e respeito ao meio ambiente, menos pobreza e educação de qualidade ao povo. Nada de politicagem barata e empresarios cegos pelo lucro.

  • A questão é de pura anatomia. Explico melhor: o amor etílico tão decantado por expressiva parte dos amantes das belezas naturais da região reside na maioria das vezes no bolso e não na caixa torácica onde deveria pulsar o amor verdadeiro. Sobram oportunistas e faltam cidadãos empreendedores e trabalhadores comprometidos com o bem-estar comum. Contentamo-nos em servir de caminho e em viabilizar projetos de maximização econômica para produtos e serviços de outras unidades da federação. Num momento único em que pessoas corajosas tentam lutar pela “salvação” do Vale do Tapajós não cabem a qualquer título demonstrações de pura pavulagem. Continuo humildemente abestado com os dados citados referentes a importância da agropecuária local.

  • Tenho verdadeira vergonha de algumas condutas dos meus conterrâneos.
    Alguns ficaram parados no tempo e a espera de solução milagrosa para a Região Amazônica.
    Estive recentemente em Santarém após de 15 anos e fiquei estarrecida com as condições da cidade estagnada no tempo, as mesmas ladainhas de sempre.
    Tenho repúdio quanto a postura da iva da população que se auto sabotei-a com a iniciativa de poucos com trazer novas oportunidades.
    Quanto a definição de proposta de panfletos, alegrai-vos população há pessoas que lutam por seu desenvolvimento, e não um panfleto que induz a população ao erro, com politicas ultraadas.
    Em pleno 2014 ainda estamos olhando para nossos umbigos.
    a pergunta certa e postura a ser tomada deve-se ao como vamos nos adaptar a nossa realidade as novas oportunidades.
    Muito fácil falar se eu fico na porta de casa sentada vendo o tempo ar.
    Todo futuro precisa de sacrifícios e novos representantes.

  • Depois dos comentários sóbrios e de “pé no chão” dos leitores acima, não fica muito a acrescentar.
    Nossa região (não apenas Santarém) tem ainda muito a aprender e a fazer, principalmente quando se trata da infraestrutura mínima para o conforto e bem-estar de nossa gente. Mas com a classe dirigente que temos, não alcançaremos isso tão cedo.
    Quanto mais o tempo a, mais complicado, difícil e caro fica o investimento para resolver nossos problemas mais urgentes.

  • Acho que falta ao autor saber que Oeste é, para a geografia, é um dos quatro pontos cardeais da rosa-dos-ventos, que fica localizado à esquerda do observador, quando este se volta para o Norte te e que Santarém só é a porta de entrada do oeste do Pará.
    Falou demais das benesses (???) de Santarém e esqueceu Óbidos, Oriximiná, Itaituba, Novo Progresso, Monte Alegre onde o governo ou longe de investimentos e bem pertinho da caixa que recolhe a grana.
    Os outros comentaristas já disseram tudo: qual é mesmo sua ambição política?

  • O Olavo citou em seu texto muitos números, dados, projetos e estatísticas do presente e para o futuro, só faltou o número dele de candidato, o cargo a que pretende e a legenda para as próximas eleições. Quando o milagre é muito grande até o próprio santo desconfia. De politiqueiros hipócritas, safados e pilantras já estamos fartos e cansados.

  • Infelizmente, embora queiramos que tudo isso seja verdade, são sempre promessas, possibilidades, realidade futura que nunca chega. Antes de ser “primeiro mundo”, deveríamos ar pelo “segundo”, ou seja, precisamos de infraestrutura básica: esgoto, água de qualidade, asfalto, transporte público decente (e não esse montoeiro de mototaxistas – vítimas de nossa miséria produtiva), educação de qualidade…. Chega de “pode ser”. Isso explica o preço dos imóveis: cobra-se por um terreno na Prainha o preço do metro quadrado de Nova York – à espera do El Dourado prometido desde Felipe Bettendor. Também queria ser otimista, mas meus 44 anos de espera não deixam.

  • Caros,
    Os “avanços de Santarém”, segundo o Olavo, parecem panfletos de campanha política.
    A lista do Olavo apenas confirma a política desenvolvimentista tacanha traçada para a Amazônia, mera fornecedora de matéria prima, contando com agências oficiais de financiamento como SUDAM, BASA e reforçada agora pelo BNDES.
    Enquanto há “crescimento”, mesmo “lento”, das atividades ditas empreendedoras, de acumulação, há estagnação e retrocesso no bem estar da população de Santarém.
    Enquanto o “crescimento”, dito pelo Olavo, atinge uma pequena minoria de “empresários”, a estagnação atinge a expressiva maioria da população. Veja algumas situações atestadas diariamente pelo cidadão santareno:
    (1) Serviço de abastecimento de água cobre pouco mais de 60% da área urbana, com qualidade de água duvidosa;
    (2) Inexistência de coleta e tratamento de esgoto;
    (3) Coleta de resíduos urbanos sem destinação adequada;
    (4) Sistema viário urbano precário, com 80% das vias com pavimentação primária (terra) e precária;
    (5) Feiras livres, mercados de peixes e de carnes com estruturas sanitárias medievais;
    (6) O sistema de saúde pública de Santarém é precário. É utilizado apenas por pessoas sem uma alternativa fora da cidade. O médico está rico e a população está doente e morrendo por corredores;
    (7) As principais atrações turísticas da cidade, como as praias, não dispõem de infraestruturas mínimas para permitir a permanência do turista por mais de 5 horas, pois faltam banheiros e água potável;
    (9) O sistema de ensino privado continua como excelente negócio para os empreendedores, face ao abandono da escola pública. O IDH para a educação de Santarém em 2013 foi de 0,648, pequeno para uma região tão rica;
    (10) Os pobres estão mais pobres (o IDH da renda em Santarém foi de 0.632 em 2013) e os ricos estão mais ricos não pela capacidade produtiva, mas por estarem aliados à politicagem e ao sistema colonial de financiamento de atividades;
    (11) Má sinalização de ruas;
    (12) Inexistência de banheiros públicos;
    (13) Má conservação da estrutura física da orla de Santarém;
    (14) Poluição das águas urbanas de Santarém.
    A lista é maior, mas esses pontos são suficientes para dizer que esse modelo de “crescimento” serve para uma minoria. O Olavo deve estar feliz: o almoxarifado Amazônia ainda tem muito a oferecer.

    1. Leandro Paju. Concordo com sua lista de deficiências estruturais de uma cidade humanamente possível de se habitar com dignidade (o Chicão está também correto). Santarém sobrevive aos trancos e barrancos pela disposição e luta de seus habitantes, e os problemas conjunturais vão sendo resolvidos a “toque de caixa” ou a reboque das queixas da população, portando, sem planejamento (remendos improvisados).
      O Sr. Olavo das Neves é bem intensionado e empreendedor, mas sua exposição se assemelha a um “ultrassom” de uma “gestação” que já está ando da hora de nascer o “moleque”.
      Só especulação de que a “gestação” está sobre controle, que o “moleque” é lindo e que nascerá “brevemente”…
      Não dá para se fazer uma “cesariana”? E tomarmos logo esse mijo para comemorar esse nascimento tão esperado?…
      OBS. Só o asfaltamento da BR-163 até Rurópolis, já se aram 25 anos e ainda não terminou…

  • Parabéns, Chico Correa, V. senhoria demonstra em síntese muito bem do básico para complementar a parte de dados fornecidos pelo Olavo das Neves; deve faltar mais alguns ítens. De pessoas como você, de conhecimentos, de boa vontade e bem intencionado; precisamos nos nossos pleitos ou demandas, rumo ao crescimento Regional. Acredito eu, como o saneamento básico é caro e não dá votos, pois a maioria da população não sabe ou não dá valor a este procedimento que é de saúde pública, que realizado com critério técnico; muitas doenças seriam evitadas. Infelizmente, ainda teremos de conviver, com os urubus que acabam sendo úteis ao saboriarem o lixo com restos de alimentos em decomposição (material orgânico), sargetas com água estagnada (eivada de bactérias ou microorganismos). Cruz credo, lembrei-me agora, ei sábado ado pelo BELO CENTER, é belo, mas; fedor fétido. É uma vergonha municipal ! Lá que deveriam fazer CAMPANHA ELEITORAL, por volta das 12:00 as 14:00 horas, estes políticos que só tem olhos e nariz, para seus interesses particulares e de grupos unidos. Quanto à água pluvial, na Av. Tapajos na enchente; sempre é o mesmo procedimento. É uma bomba ! E, haja BOMBA pra escoar no rio tapajós (água com detritos, … a poluida por …); talvez com o índice coli (dos coliformes – fezes); acima do permitido pelos Órgãos de Saúde Pública. É, só coletar amostras, fazer as semeaduras no meio de cultura para tal, em placas de Petri, estufa por 48 a 72 horas. Tenho certeza, da contaminação por estas bactérias. Tomar banho neste rio nem imaginar. Isto posto, o que acrescentarem é salutar, em todos os setores. Para o DESENVOLVIMENTO ORDENADO E RACIONAL, DESTA REGIÃO TÃO ISOLADA E ABANDONADA DO PODER PÚBLICO; a muitos anos. Que talvez, ainda sirva de curral eleitoral de muitos politiqueiros descompromissados com nossos anseios imediatos. Tá dito e não nego.

  • Senhor Olavo,

    Longe de desmerecer seus comentários recheados de dados, porém me causa estranheza o senhor não ter relacionado nenhum investimento de infra estrutura para atender a demanda desses “investimentos” ou ainda alguns outros necessários para levar a bom termo o desenvolvimento tanto almejado, por exemplo:
    01 – Nos falta saneamento básico;
    02 – “Cidade universitária”. A mais importante universidade da região – Universidade Federal do Oeste do Pará – funciona em um espaço provisório de forma precária;
    03 – Falta um terminal rodo fluvial, justo para atender uma futura demanda, inclusive turística, que se “avizinha” a tempos;
    04 – Onde acomodar o lixo gerado por essa demanda?
    05 – 68% de ocupação nos hotéis é baixa senhor Olavo. Imagine se ainda contássemos com o hotel que se transformou em universidade;
    06 – Claro, Santarém se desenvolveu graças sua condição de interposto comercial e os grandes projetos que se instalaram na região, nenhum deles, porém, e a bem da verdade, teve influência direta das classes dominantes local, tanto política quanto comercial.
    07 – Com todo respeito, no elenco de seu texto, ainda nos falta o básico.

    Chico Corrêa

  • Amigo Olavo Neves, sua informações são de gramde monta para clarear conhecimentos a mente de muitos. Realmente, estamos crescendo a os de cágado, mas estamos crescendo. Q que mais falta para nós, são políticos autênticos, que morram se for preciso, pelas causas de nossa região em desenvolvimento. Quanto a empresário que você é, podes crer, a população toda de Santarém/Oeste/PA, acredita em você, por tudo que tem feito as claras. Você é autêntico defensor da Criação do Estado do Tapajós. Temos orgulho deste cidadão empreendedor; sério e dinâmico. Meus aplausos e abraço. Santarém, Estado do Tapajós, Sonho de todos nós, Alavanca do desenvolvimento, Nosso povo tem sentimento. Amém !!!

  • Aquisição do Porto da CDP Santarém em áreas arrendadas:
    Uma Bomba de gás.
    Uma bomba de combustível.
    A mais nova aquisição será uma bomba chamada fertilizante.
    E de quebra uma universidade para servir de escudo quando um acidente acontecer

  • Olavo,
    Acredito em todo seu esforço para o progresso de nossa região, mais existe um fator que atrapalha todo nosso sonho… A política, o jogo de interesse dos querem o atraso de nossa região.
    Espero estar vivo quando tudo isso ocorrer… Sou Santareno Tenho 40 anos

    1. Maia, um parênteses no seu comentário. Não é “a política” a responsável pelo atraso da região. Mas sim determinados políticos. Numa democracia como o Brasil, reimplantada à custa de muitas vidas, POLÍTICA, assim mesmo, em letras garrafais, é condição sine qua non para a perpetuação da democracia.

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