Tempos
Divorciei do amor, que era platônico
Adotei a dor, na cabeceira
Descobri: o amor é anacrônico
Resolvi amar de outra maneira
Esta vida presente não é minha
Sou agora refém do meu ado
Perdeu-se o futuro que eu tinha
Estou preso pelos tempos, atado
Só, preciso andar, devagarinho
Eu não tenho pressa em chegar
Já conheço bem esse caminho
Defini os os que vou dar
Vou buscar o futuro daqui ausente
Não é mais do ado o meu amor
Pra fazer de hoje o meu presente
E com os tempos divorciar da dor
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De Floriano Cunha, poeta amazônico nascido em Santarém.
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Poesia com flores. Ano fazia, que não via. Floriano, que não lhe via na poesia, no blog. Ibope amazônico, o novo encontro. O Tapajós e o Amazonas, o poeta e o blog. Um sem o outro, emprestando de Alceu, do seu canto ímpar, é como um rio que não corresse pro mar. Porque ensina novas palavras, a poesia, e torna outras mais belas, como Drummond em “Canção Amiga”. De Floriano o verso, no blog do Jeso. Saudade. Salve!
Mandou bem Floriano, conheço sua postura poética.
Parabens,,,,, Saúde, sucesso.