
O médico em Santarém (PA) que prescreve o ‘kit covid’ (hidroxicloroquina e ivermectina à frente) como suposto tratamento precoce contra o coronavírus – cuja eficácia não foi comprovada até o momento – agora ataca a vacina contra a doença. 42124k
Em áudio postado nas redes sociais, Marcos Andrade afirma afirma, sem comprovação, que o imunizante é “feito nas coxas” e que “diminui os anticorpos” em quem é aplicado as doses.
O “Doutor Marcos da Amazônia”, como se autointitula, mais uma vez revela que já teria tratado com o kit covid de “mais de 1.300 pessoas”, sem internamento, “sem ventilação”.
“Eu curei minha família inteira usando o protocolo da hidroxicloroquina. Dos 1.300 pacientes, perdi só 3”, diz no aúdio.
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“Quantos [pacientes] o município já perdeu? Quantos a vacina já matou?”, indaga o médico bolsonarista.
Ouça a íntegra do áudio. Que circula em vários grupos de Whatsapp bolsonaristas em Santarém.
— Sobre o médico, leia também: Mortos por covid-19 no mês chegam a 120 em Santarém, e médico faz deboche sobre a UPA.
Médico sob investigação 143h5t
No mês ado, o MPPA (Ministério Público do Pará, instaurou procedimento de investigação ao receber denúncia contra Marcos Nunes Andrade por possível crime contra a saúde pública.
O MP solicitou à Polícia Civil que apure possível crime imputado ao médico por prescrever o kit covid. Determinou ainda o Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA) inicie procedimento com o objetivo de apura o caso.
A denúncia ao MPPA foi feita por Rui Harayama, que é antropólogo sanitarista, professor, servidor público vinculado ao Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Oeste do Pará. Ele também é membro colaborador do Comitê Nacional do Uso Racional de Medicamentos.
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