Jeso Carneiro

Sobre o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar. Por Helvecio Santos 4x4s6j

Sobre o prefeito de Santarém, Nélio Aguiar. Por Helvecio Santos
Nélio Aguiar, prefeito de Santarém. Foto: Agência Pará

Penso que a política é ou deveria ser um instrumento para buscar o bem estar da população. 6p4i52

Infelizmente na nossa democracia “meia boca” isso há muito tempo foi esquecido e o mundo político é quase que integralmente composto por cidadãos que só possuem o dom de enganar no período pré eleitoral e depois no exercício do cargo, dedicam-se “full time” a tirar o máximo proveito pessoal.     

Helvecio *

A infinidade de partidos nanicos existentes, as gordas dotações públicas do fundo partidário e o fato de que não votamos em quem queremos, mas em quem os “donos dos partidos” querem, eis que só com o “de acordo” dos “donos” dos partidos um cidadão consegue legenda para disputar a eleição, sustenta a minha afirmação de que temos uma democracia “meia boca”. 

Não estou aqui a discutir ideologias(?), filiações e alianças ou conchavos, como chamo, para indicação à disputa de um cargo eleitoral, o que vai impactar mais à frente na “governabilidade” que nada mais é do que a divisão do ‘butin”.

Com a proximidade das eleições municipais, os candidatos de sempre, com uma nova roupagem e um discurso repaginado, se apresentam como “novidade” para a disputa eleitoral em nosso município, como de resto em todo o Brasil.

É o que a sabedoria popular diz ser o “mais do mesmo”. Há alguma dúvida?

Bom, como saímos de Santarém, mas Santarém não sai de dentro de nós, aqui de longe observo o que acontece no dia a dia do meu berço querido e me parece, há um consistente trabalho sendo feito pelo atual prefeito e que merece ser levado em conta.

 

Na verdade, meu único interesse é a melhoria da nossa cidade e para antecipar minha defesa, digo que só estive pessoalmente com o Dr. Nélio uma única vez. Foi no Aeroporto de Brasília, numa das minhas inúmeras idas a Santarém para rever familiares, amigos e lugares.

Nunca mais o vi, mas assim como fiz com outros gestores municipais, dentro do possível não desgrudo do seu calcanhar.

À vista do que é noticiado sobre sua gestão, e como se aproxima o final deste seu primeiro mandato, quero lhe agradecer e penso que muitos santarenos de coração ou por adoção, também gostariam de fazê-lo.  

De início, obrigado pela forma humana como aborda determinadas situações e que normalmente destoa dos que ocupam o dito cargo.

É caboclo, calça arregaçada até os joelhos quando a água quer impedi-lo de ir ao encontro do ribeirinho, é mestre de obras no asfaltamento, no cais, na ponte, é cristão na comunhão, é inauguração de escola, é pronto atendimento, é ambulatório itinerante.

Sem descuidar das funções de prefeito, não perdeu a essência que lhe obriga o juramento de Hipócrates e cito o cuidadoso atendimento à paciente que ansiosa, buscava abrigo para o seu mal no posto médico onde todos estavam ocupados.


“Há um tipo de obra que governante não gosta de fazer porque causa incômodo e aborrecimentos e não dá visibilidade”


Presente no local por incumbência do cargo de prefeito, Dr. Nélio prontamente trouxe para si a responsabilidade, atendeu, deu conforto, amparo e certeza, despindo-se momentaneamente do seu cargo de gestor para cuidar de forma humana o seu munícipe.

Que dizer de suas obras?

Ainda este ano irei aí curtir tudo o que puder e o exíguo tempo permitir.

Já me prometi! Vou a pé do Mercadão até à Orla da Vila Arigó. Outrora vergonha, hoje a Orla da Vila Arigó é uma nova janela e um novo olhar para o Amazonas, extensão da obra que hoje se faz na outra ponta, parte que é beijada pelo Tapajós, acrescentando-se piers, casas de bomba e reforma e ampliação do Terminal Turístico. 

Prosseguem as obras de construção do tão sonhado Terminal Hidroviário de Cargas e ageiros, o que nos livrará da presença dos barcos nos privando de usufruirmos o parque natural que é o areião em frente à cidade. Seria bom nosso prefeito pensar em construir um rinque de patinação no aterro em frente a Tiradentes, nivelar e iluminar o areião e encher de traves e postes para rede vôlei. Isso daria vida a toda a frente da cidade, mais saúde ao povo e menos filas nos hospitais.

Há um tipo de obra que governante não gosta de fazer porque causa incômodo e aborrecimentos e não dá visibilidade. Nossa cidade é extremamente carente e o prefeito foi à luta e fez obras no sistema de esgotamento sanitário com ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto do Mapiri, com impacto na vida de 25 mil moradores. Foram feitas mais de 4 mil ligações domiciliares de esgotamento nos bairros Aldeia, Santa Clara, Aparecida, Santíssimo, Centro, além de obras na Estação Elevatória da Aldeia.

Obras para abastecimento de água aos moradores do Boa Esperança, consistindo em um poço com 140m de profundidade com oito polegadas e que bombeará 40 mil metros cúbicos de água por hora, beneficiando 380 famílias

Asfalto do Anel Viário do Jutaí, com ponte de concreto e asfalto na Rua Dom Frederico Costa e nas ruas Marcílio Dias e 13 de Outubro, asfalto no Bairro Santana nas ruas Barão de Guarujá, Gonçalves Dias, Pedro Gentil e São Paulo, Rua Belém, na Prainha, obras de pavimentação da Rua Campos Sales, no Mapiri, Anel Viário do Santarenzinho, iniciando na Rua Resistência.

Continuaremos a comer poeira, mas sem tanto prejuízo na suspensão dos carros com o empiçarramento da estrada de Ponta de Pedras. .

Capítulo à parte e que muito me alegra é a atenção dada ao mobiliário e instalações das escolas, tanto do interior quanto da sede do município, das quais a seguir cito algumas:

Construção de novas instalações para a Escola São José do Piracãoera de Baixo com cinco salas de aula e construção também de novas escolas no Igarapé do Costa e no Tapará Grande.

Reforma e ampliação da Escola Dra. Maria Amália Queiroz de Sousa, no bairro Liberdade e da Escola Brigadeiro Eduardo Gomes, no bairro Aeroporto Velho.

Reforma e ampliação, com seis novas salas e mobiliário novo, na Escola Assunção Laurido, na Vila do Curuai no Lago Grande e mais escolas ampliadas e reformadas no Moacá e no Paissandu.

Reforma e ampliação com mobília nova da Escola José de Melo Filho, no Amorim, no Rio Tapajós.

 

Reforma e ampliação da escola na comunidade São Raimundo Palestina e da Escola Maria de Lourdes Almeida no bairro Livramento.

No total foram 21 escolas com reforma, ampliação e entrega de móveis novos.

Construção da ponte em madeira ligando o Parauá e Mangal, com capacidade para carros de pequeno porte pesando até 5 toneladas, beneficiando diretamente cerca de 273 famílias, um verdadeiro grito de independência daquela comunidade e arredores que se livraram do pagamento da travessia por balsa.  

Pista de lazer do bairro São Francisco, na grande área da Nova República e Academia de Saúde do Bairro Diamantino que servirá Diamantino e Interventoria, entre outras.

Obras do Hospital Materno Infantil e em fase final, instalação do tomógrafo computadorizado do Hospital Municipal.

Para não ser cansativo fico por aqui, mas me pergunto: de onde vem essa garra, persistência, vontade de fazer? Esse acordar de madrugada, pegar barco, inaugurar obras ou compor grupo com profissionais de medicina levando alento neste momento difícil a riibeirinhos e planaltinos com mesmo entusiasmo que se movimenta na sede do município ou no aeroporto de Brasília?

Uma resposta me ocorre e credito a esse sangue Aguiar que veio lá das bandas do Jaguaribe, foi curtido no barrento Amazonas, banhado e benzido no verde cristalino do Tapajós e hoje é sangue tapajoara a travar esse bom combate que é fazer essa pérola voltar a ser a nossa Pérola do Tapajós.

Daqui de longe, vai o meu: “Obrigado, Prefeito”!

“Quando a luta é grande os grandes homens lutam”. Continue, há muito a fazer!


— * Helvecio Santos é advogado e economista. É santareno e mora no Rio de Janeiro, de onde escreve regularmente para este blog.   

LEIA também de Helvecio Santos:

A grande lição do novo coronavírus.

Ainda sobre minhas lembranças em Santarém.

Obrigado, Dona Nair! A consertadeira do meu joelho.

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