Ministério Público obtém liminar em ação contra empresa de coleta de lixo em Santarém

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Ministério Público ajuíza ação contra empresa de coleta de lixo em Santarém

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Santarém (PA) entrou na Justiça com pedido de tutela antecipada contra a Terraplena, empresa responsável pela execução dos serviços de coleta de lixo domiciliar e limpeza urbana no município.

O MPT constatou diversas irregularidades praticadas pela empresa, entre as quais jornada excessiva dos empregados, em média de 9 a 10 horas, havendo casos de prática de até 11 horas de trabalho durante as coletas de lixo, sendo recorrente também o trabalho aos domingos e feriados e supressão do descanso semanal remunerado.

 

O Ministério Público também verificou que o transporte dos trabalhadores é feito em estribos dos caminhões de coleta, até o destino final do local de coleta, assim como não há fornecimento de água potável aos trabalhadores, que costumavam abastecer os garrafões em postos de combustíveis e faziam refeições em vias públicas.

A Terraplena, ainda segundo o MPT, não fornece protetor solar, óculos com lentes filtrantes e capas de chuvas ou luvas. Além disso, os empregados são obrigados a levar para casa o uniforme contaminados, uma vez que a empresa não se responsabilizava pela higienização.

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A decisão da 1ª Vara do Trabalho de Santarém deferiu os pedidos do MPT em caráter de urgência, para cumprimento de diversas obrigações de fazer e não fazer.

A Terraplena tem até 60 dias para sanar as irregularidades. Ela terá que neste período, por exemplo, implementar transporte auxiliar (carro de apoio) para a movimentação dos trabalhadores, em cumprimento ao artigo 235 do Código de Trânsito Brasileiro que proíbe a condução de pessoas, animais ou carga nas partes externas dos veículos, salvo nos casos devidamente autorizados.

Foi fixada multa diária de R$ 1 mil por infração cometida e por trabalhador em situação irregular, cumulativamente, limitada a R$ 500 mil.

Com informações do MPT


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