Num dia como hoje, há 4 anos (2206), era exibida a sessão derradeira no último cinema (Cinerama, na avenida Rui Barbosa, hoje templo evangélico) comercial aberto em Santarém.
– Mesmo sendo propalado na impressa, com antecedência, que o cinema iria fechar, o público foi mínimo nas últimas semanas. Tendo até uma sessão cancelada pela ausência total de público, três dias antes da data final – relembra Emano Loureiro, filho de Raul Loureiro, dono da empresa.
Uma verdadeira vergonha a cidade ter sofrido esse retrocesso…
Mas apesar de tudo o cinema que nós possuimos não estava adequado a nova era, que é de cinemas pequenos (com custos de manutenção menores) e maior variedade de horário e filmes.
Espero que algum dia, algum grande complexo resolva investir em cinema em nossa cidade. Só assim para voltarmos a ter essa diversão tão apreciada nos dias de hoje.
Pode lançar DVD, BLU RAY, VHS, que nenhum desses se compara em assistir um filme no cinema só para quem entende.
Fui assistir ao filme “travessia de Cassandra” que inaugurou o cinerama. As sessões eram contínuas. Bons tempos aqueles.
Em geral este tipo de serviço vai se extinguindo e surgindo outros novos. É a tão sonhada GLOBALIZAÇÃO. Em breve ate mesmo os DVD’s (Inclusive os piratas) deixarão de existir. É o preço que se paga pelo PROGRESSO. Adeus “Recruta Zero” “Rim Tim Tim” e vários outros. Estamos na era dos “AVATAS”. E viva o “POGRESSU”
Essa foi a coisa mais ridícula que eu já li.
Deve ser a idade liga não..
Desde 1987, quando assisti “o exterminador do futuro” no cinerama, por quase uma década não fiquei mais de 30 dias sem assistir um filme naquela sala. Mas com o ar do tempo e a falta de manutenção, a qualidade piorou tanto que, além das péssimas condições estruturais (cadeiras quebradas, ar-condicionado inoperante…), já não dava para ver quase nada. A falta de público era plenamente justificável, pois ninguém paga para ver borrões na tela.
Agora torçamos para que uma empresa como cinemark ou moviecom, que já conta com salas em diversas cidades paraenses, nos devolva o prazer de assistir a um bom filme na telona, com som 5.1, sem ter de sair de Santarém.
Isso é resultado da falta de interesse dos que lidam com a cultura na cidade de Santarém. O cinema Olympia em Belém chegou a fechar. A prefeitura de Belém tomou a responsabilidade para si, e hoje o cinema Olympia está em pleno funcionamento, com as mais variadas atividades culturais, não deixando de exibir bons filmes.
Sara, a Secretaria de Cultura virou moeda de troca no governo Maria I e II. É parte do latifúndio que cabe ao PR.
Sr. JESO,
Mesmo considerando não ser privilégio unicamente de Santarém, tudo funciona no toma lá dá cá, as coisas começam lá de cima, até as aves precisam do vento para alçarem seu voo.
è verdade Jeso, principalmente a secretaria de cultura virou cabide de emprego para o PR, pessoalzinho que trabalha la, ou será q trabalha, so sabem falar na TV…caraca
Realmente faz falta… não e a mesma coisa de assistir em casa….parece que Stm vai pra trás: tinha teatro – não tem mais
tinha cinema- não tem mais
chegou a ter shopping- não te mais
Tomara que esse novo “shopping” traga um cinema, e que a população PARE de comprar DVD pirata e prestigie o cinema
O cinema de forma geral ou por uma profunda adaptação, uma adaptação ao consumo e a seus mecanismos legítimos. Os filmes artesanais, que exigiam talento único, foram abandonados e em seu lugar (para atender ao consumismo moderno, vertente capitalista em tudo enraizado) a computação gráfica ganhou espaço. Daí foi preciso também adaptar o telespectador moderno, amante da velocidade, do desconhecido, da imagem (colorida, diga-se!), influenciado pelas propagandas, pelas novidades desse mercado que se avoluma. Assim, o cinema ficou comprometido, lançou-se a mares incertos, desconhecidos e ameaçadores de sua existência enquanto arte. Em meio a isso, a televisão, mais aventureira em seu propósito de vender e dominar o imaginário, tomou o espaço da sétima arte, invadiu lares com vasta capacidade de dominação, oferecendo alternativas repetitivas, similares de assuntos e temas que se esgotam em pobreza, mas possuem estratégias apelativas e vendáveis. Hoje, pelos estudos recentes, a televisão também sofre forte ameaça diante da facilidade com que as pessoas encontram vídeos e am a assisti-los em qualquer espaço, no momento em que poderiam estar diante dos canais abertos.
Toda a exposição acima parece nos apontar para uma direção: não foi necessariamente o cinema que mudou, mas sim o público que exige menos, ou a ter curiosidade pela promessa tecnológica. Não restou outra alternativa: o cinema precisou mudar e lançar-se nesse mundo de incertezas, de especulação como tudo da modernidade.
Eu, que vivi muito tempo mergulhado em Akira Kurosawa, Federico Fellini, Ingmar Bergman, Luis Buñuel, Luchino Visconti, Michelangelo Antonioni, sinto saudade e lamento nossos tempos modernos. Sobre o último diretor, por exemplo, quem teria paciência de assistir a trilogia da incomunicabilidade, que se arrasta pela lentidão? Ou os sete samurais (206 minutos), de Akira?
Hoje eu comparo dois belos filmes: Cinema paradiso, (de Giuseppe Tornatore) e Quarto 666 (de Wim Wenders). O primeiro me impulsiona a irar o cinema, a recuperar o que já se atribuí ao esquecimento. O segundo me faz pensar que o futuro do cinema está comprometido.
Caro Jeso, nao aceito que o pai ou o filho reclamem da falta de público no CINERAMA, assim como eu tu deves saber muito bem que os filmes que avam aqui em Santarém na maioria das vezes eram desconhecidos e quando conhecidos, avam tres quatro meses(as vezes ano) após o lançamento em circuito nacional, ai quase todo mundo ja tinha comprado “pirata” ou visto através das locadoras, ai nao dá né? Pergunta quando ou TITANIC quase que em corcuito nacional se as sessões “EXTRAS” nao ficavam lotadas! é isso ai competencia meu.
abraço
Faz até vergonha a cidade não ter um cinema.