por Jota Ninos (*)
05 de maio de 1921. Cidade de Xanthi, Estado da Macedônia, norte da Grécia. Nasce um pequeno guerreiro helênico que parece querer se eternizar no tempo.
05 de maio de 2011. Cidade de Santarém, Estado do Pará, norte do Brasil. O velho guerreiro completa 90 anos de uma odisseia que ainda parece estar no começo.
Hoje quero comemorar estes 90 anos de meu pai, o velho grego Georgios Joannis Ninos, um homem simples que sobreviveu à 2ª guerra mundial, crises econômicas no Brasil e tantos outros infortúnio pessoais, mas que ainda agora parece estar pronto para outras batalhas no coração da Amazônia.
Nas linhas abaixo, faço um resumo de tantas histórias que me contou e que ainda serão, um dia, mais esmiuçadas em algum dos livros que sempre prometo escrever.
A saúde e o signo são de Touro. O brilho no olhar é sempre vivaz. Está sempre com um livro ou uma revista numa das mãos, enquanto a outra puxa uma cordinha que ele engenhosamente amarra em algum lugar para embalar sua rede.
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Seja no quarto, seja no belo pomar da chácara Pouso Alto, onde mora nos últimos anos e que é de propriedade do amigo que se foi há algumas semanas, Eymar Franco.
Sob os olhares vigilantes de minha quase-irmã, Cecília, viúva de Eymar, de minha madrasta Oscarina e de minha meia-irmã Anna, de vez em quando o velho apronta. Decidido, é capaz de sair do Cipoal, pegar um ônibus da linha Tabocal e dar uma volta na cidade pra fazer umas comprinhas, para o desespero das três guardiãs. Isso sem contar que chega de mototáxi pra me visitar no Fórum!!
Mas já foi pior: acordava todo dia às cinco da manhã para caminhar às margens da BR-163, imível aos movimentos de carros que am a mil por hora e de vez em quando acertam algum transeunte na beira da estrada. Hoje, depois de muitos esporros das três decidiu só caminhar dentro dos limites da chácara. Sem contar a época que resolveu consertar a parabólica e quase despencou lá de cima!
O velho grego é imprevisível e nunca aceita ser tutelado, mesmo com a artrose que já tomou conta de seu corpo e da surdez irreversível. Apesar disso, esbanja mais saúde que os três filhos (eu, Anna e Stefanos, este último morando em Belém), frutos de três relacionamentos distintos na década de 1960 quando escolheu morar em Belém do Pará e se envolver com três caboclas tipicamente paraenses (a Oscarina, de Alenquer; a Osvaldina, de Marapanim; e a Francisca, de Belém) quase na mesma época, enquanto os demais gregos da colônia belenense só se casavam com outras gregas!
Chegado ao Brasil no dia 02/09/1955, então com 34 anos (foto ao lado), havia decidido vencer na vida quando desceu de um transatlântico no porto de Santos. Deixou para trás as lembranças da guerra e três irmãs que prometeu um dia buscar.
Tendo participado de diversos cursos técnicos, nunca recusou nenhum tipo de trabalho braçal. Através de um conhecido, começou a trabalhar numa marcenaria, mas ao ser humilhado pelo patrão que disse que ele nunca venceria na vida, viu que era hora de fazer aquilo que sempre soube fazer: ser dono do próprio nariz.
Pediu uns pedaços de madeira como indenização e construiu um carrinho para vender frutas no mercado de São Paulo. Alguns meses depois, voltou vestido com o melhor paletó comprado com a renda das frutas, para visitar o dono na marcenaria. Foi atendido com todos os salamaleques que se faz a um cliente. Mas foi lá só para rir da cara do ex-patrão, que ficou abismado e não acreditou que Georgios era aquele jovem quase raquítico que trabalhara com ele. O orgulho grego estava restabelecido.
O vendedor de roupas
O empreendedorismo sempre foi o forte de Georgios Ninos. Das frutas, resolveu ser mascate, caixeiro-viajante pelo Brasil afora levando na bagagem, roupas confeccionadas em pequenas fabriquetas de gregos que conheceu no Bom Retiro, em São Paulo. Entre elas, Kiki Tzitzileri (já falecida), que viria a ser minha madrinha no futuro e com a qual nutriu uma grande amizade.
Kiki confiou a ele um grande número de confecções que vendia pelas cidades do interior da pauliceia. Mas São Paulo foi ficando pequena para o esperto comerciante grego. Estava chegando a hora de viver outros ares. Desde a morte de seus pais no final dos anos 30, quando ainda era um jovem de 18 anos, assumiu o pequeno comércio da família em Xanthi e praticamente ajudou a criar as três irmãs: Maria, Eva e Anna.
Já havia reunido o suficiente para trazer as três irmãs ao Brasil. Somente tia Maria não quis vir (viveu e morreu na Grécia, onde me acolheu entre 1988/1991). As duas mais novas chegaram no final dos anos 50 e logo se casaram com gregos da comunidade helênica de São Paulo.
Tia Anna casou com o irmão de minha futura madrinha. Tia Eva, recentemente falecida, chegou a liderar grupos da comunidade católica ortodoxa de São Paulo.
A superproteção à família sempre foi um item da agenda de Georgios Ninos. Por isso, sofreu com a perda de duas das três irmãs. Tia Anna, a caçula, chega neste sábado para reverenciar aquele que sempre foi sua inspiração, inclusive seu herói na guerra.
Quando os búlgaros invadiram e ocuparam o norte da Grécia, em nome de Hitler, tia Anna foi sequestrada para um acampamento de soldados. Georgios também havia sido preso, mas por ser o único grego que falava búlgaro servia de intérprete para os oficiais e, por causa disso, conseguiu salvar a irmã adolescente de uma tragédia. Ela, logicamente, ficou traumatizada não querendo nem ouvir falar nos conterrâneos da presidente Dilma Roussef (ironia do destino, sua filha Stella, minha querida prima-irmã, casou recentemente com um búlgaro gente-boa, o Boris, que conheceu à época que moramos na Grécia! Acabou a pinimba com os búlgaros…)!
Depois de instalar e casar as irmãs, Georgios partiu para a recém fundada Brasília. Na terra dos candangos vendeu muita roupa aos novos moradores do planalto central. Mas o espírito desbravador o fez seguir a estrada recém rasgada entre o centro-oeste e o norte: a BR-316 o levaria de Brasília a Belém, onde resolveu se estabelecer em 1961.
As confecções paulistas faziam sucesso e enchiam os bolsos do velho grego, que logo pode sair das calçadas do Ver-o-Peso, para um confortável casarão da Rua Padre Eutíquio, no comércio de Belém. Tia Anna veio com o marido, tio Dimitrius (já falecido) e juntos inauguraram a primeira loja dos sonhos de papai: o Nino-Tex.
Anos mais tarde, abriria uma filial num casarão mais amplo, na avenida 15 de Novembro, a rua dos bancos em Belém, e inauguraria um novo empreendimento: o restaurante e lanchonete Nino-Lanche, onde mostrou seus dotes culinários com guloseimas, e acepipes helênicos.
As coisas seguiram assim até 1978, quando abalado pela crise econômica fechou as lojas e resolveu se mudar para Santarém, onde morava a primeira de suas três amadas, Oscarina. Aqui reiniciou em março daquele ano com o ramo de lanchonete, mantendo o nome Nino-Lanche, que funcionou em quatro locais diferentes, até se aposentar em 2002 e rear o empreendimento a um funcionário de sua confiança.
Dos 90 anos de vida, Georgios Ninos (foto ao lado) dedicou 56 anos ao Brasil, dos quais 50 foram para a Amazônia, sendo que só em Santarém vive há 33 anos (quase um terço de sua vida), já tendo sido homenageado com um título de Honra ao Mérito pela Câmara Municipal.
O amor à bandeira grega, um dia o levou a torcer pelo time paraense que tinha as mesmas cores de seu país, o Paysandu (herança que ele me reou, até recentemente trocá-la pela paixão alvinegra, do Botafogo e do São Raimundo). Mas sua cor favorita sempre foi o verde da bandeira brasileira. Verde da floresta amazônica, onde se embrenhou e até hoje é lembrado pelos gostosos salgados do “seu Nino”, como sempre foi conhecido.
Dos três filhos ganhou nove netos e quatro bisnetos (o quinto deve nascer até o final do mês). Das lições que me ou todos estes anos é inesquecível aquela em que conta as atrocidades da 2ª guerra, quando viu amigos serem mortos covardemente, e sempre pensava que seria o próximo.
Um dia ergueu as mãos aos céus e suplicou a Deus que o conservasse pelo menos até os 30 anos, para poder cuidar das irmãs. “Hoje estou no lucro, pois ganhei o triplo do que pedi de vida”, diz o sábio grego com um belo sorriso no rosto.
Ave, Georgios Joannis Ninos!
P.S. Aos amigos que quiserem reverenciar o “seu Nino” pelos seus 90 anos, será celebrada hoje à tarde, às 17h30, uma missa na catedral da Matriz.
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* É jornalista e filho do Seu Georgios Joannis Ninos.
Parabéns ao seu Nino pela data de hoje. Ainda não tinha lido esse texto do filho dele, Jeso, que foi feito ano ado. Hoje vi o link no Facebook e adorei a história… Um abraço aos dois gregos.
Parabéns. Deus t abençõe sempreeee
Querido Jota, parabéns pelo texto! Fico emocionado pois quando penso que a era dos pais conquistadores do mundo – tarefa para a qual se dedicam dia e noite – e fracassados em casa – pois para esta conquista não têm tempo por estar fora de moda -, v. vem com este depoimento maravilhoso e os que acreditam na família como um presente Deus, podemos, plagiando o Salgueiro, dizer, “explode coração na maior felicidade”. Teu pai é um verdadeiro herói, não só pela saga de vida que o transforma em uma figura mundial, irmanando-se a todos os povos, mas por ter conquistado o coração dos filhos, netos, bisnetos e de todos os que tiveram a felicidade de com ele conviver, verdade que se colhe nos depoimentos neste blog. Mais uma vez, parabéns! Ao contrário de Jorge Luis Borges quando diz “tenho 82 anos e estou morrendo”, teu pai tem 90 anos e está vivendo, portanto, que ele ande mais de mototáxi, caminhe mais na estrada, dê muitas gargalhadas. O mundo precisa de pessoas assim! Abraços, (desculpa-me só hoje li teu texto. Estava fora do Rio e voltei justamente hoje).
Obrigado, Helvécio! Sabemos que sempre há o conflito de gerações, mas é importante se tentar absorver o que houver de mais positivo na relação entre duas gerações. Meu pai é uma figura que me trouxe muito ensinamentos, e creio que meus princípios morais se devem a esses ensinamentos do velho grego.
Querido Jota, escrevi este texto às 00:57 do dia 10, depois de cansativas 11 horas de avião. Digo isto para justificar meu texto que saiu truncado. Deixei de colocar “[…] fora de moda -, ESTÁ DEFINITIVAMENTE INSTALADA, v. vem com este depoimento maravilhoso[…]”. Agora o texto faz sentido. Correto? Desculpa-me, estava caindo de sono mas não poderia aguardar a manhã e, descansado, expressar minha iração pela relação que tens com teu pai. Coisas importantes têm que ser feitas logo. Concordas? Teus textos são sempre construtivos e tuas poesias sempre me humilham por não ter capacidade de vivê-las e muito menos escrevê-las. No entanto, o presente texto, na minha humilde apreciação, é o mais rico de todos. Abraços AZULINOS e rubronegros.
KKKK… Valeu, Helvécio! Abraços ALVINEGRÍSSIMOS, com uma estrela no peito e uma Pantera no coração!
D-a-lhe PANTERA!!!!!!!!!!!!!
Parabéns por sua história
Aí vô.. desculpa o atraso em postar esse comentário!! Desde que entrou em minha vida tenho no senhor um verdadeiro avô!! Os tapas efusivos nas costas (uma marca) para nos saldar; o sorriso constante; a impressionante saúde (adquirida com uma alimentação saudável, sem vícios e muitas regrinhas.. que eu deveria seguir!!rsrsrrsrs..); as histórias e lições. Enfim.. são muitos momentos guardados com carinho.
E o que dizer das nossas visitas ao Nino Lanche, tarde da noite, pra tomar caldo verde e comer muiiitaaa tirópita preparada na hora pra gente (eu, Helena e Thiago).. humhumhumhumhum..
E como idade não é documento, ano que vem a gente faz aquele festão que o senhor tanto quer!!!
PARABENS!!!!!
Para quem não sabe, Carla não é uma Ninos de sangue. Filha de minha ex-esposa de relacionamento anterior, foi adotada por mim e desde pequena se incorporou à família Ninos. Quando se tornou jornalista (como eu) assumiu o sobrenome antes mesmo da definição judicial. Papai tem muito orgulho da neta que ganhou, assim como eu tenho muito orgulho dela como filha.
Nino é um homem político que contagia que convive com ele. Parabéns
Maior orgulho do Velho Ninos. Meu vozão. Parabéns pelos 90 anos!!
E carregas o nome com orgulho, filho…
Também fui um dos que sempre gostei do lanche do seo Nino. Todos falaram das guloseimas como Tirópita e Caldo Verde, mas eu sou do tempo em que ele vendia uma macarronada especial aos sábados, cujo nome não me lembro.
Além do sorriso cativante do seo Nino, outro destaque do lanche era a higiene do local e apesar de ter funcionado em vários lugares, sempre manteve a clientela. Eu mesmo preferia andar alguns quarteirões a mais da loja que trabalhava para freqüentar a lanchonete. Até hoje vou ao lanche e até imaginava que ainda era dele. A qualidade dos salgados continua a mesma, apesar de muita coisa ter mudado no ambiente. Falta o sorriso do seo Nino.
Jeso, a gente vê tantas pessoas sendo homenageadas em nossa cidade em momentos festivos, e que às vezes nem merecem tanto, mas de repente um pequeno comerciante como esse que durante anos trabalhou no comércio nem sempre é lembrado. Fica a minha sugestão para que alguma autoridade lembre do seo Nino e o homenageie agora nos 350 anos da cidade com aquela medalha que dão todo ano.
O que você acha?
Elton, a macarronada grega que o papai servia (e sempre foi a minha favorita) era o Pastitsio, uma espécie de Lasanha, mas com alguns ingredientes diferenciados. Realmente era um sucesso. Dia de sábado a gente tinha que reservar algumas fatias pro pessoal da casa, se não nem provávamos! Quem quiser conhecer a receita entre neste link: https://goo.gl/ETEN4
Quanto ao reconhecimento que você cita, não por ser meu pai, acho que ele realmente mereceria. Já recebeu um Diploma de Honra ao Mérito da Câmara proposto pelo então vereador Mauro Nascimento. Mas isso fica por conta de quem pode fazer tais homenagens. A maior delas é o reconhecimento popular da importância do seu Nino no comércio local, que tem sido externado nestes comentários.
Obrigado a todos.
Boa ideia, Elton!
Maior orgulho do Velho Ninos. Meu vozão. Parabéns pelos 90 anos!!
ÓTIMA IDÉIA. SERIA BASTANTE MÉRITO POR PARTE DA PREFEITURA RECONHECER A IMPORTÂNCIA DO ‘SEO’ NINO. EM OUTROS MOMENTOS JÁ HOMENAGEARAM PESSOAS DE FORA.
Sem dúvida é uma grande História de vida e de luta, que nos proporciona iração pelo bravo exemplo de vencer a vida. Eu, como tantos que conhece este sr. guerreiro, não esquecerei aquele misterioso e saboroso caldo verde do ninos lanche, sem falar do jeito cativante de nos receber, sempre sorridente.Que os deuses gregos possam continuar o abençoando com saúde e que possa realizar suas peripércias, sem deixar o povo em povorosas, como a história de chegar de mototaxi. Parabéns ao seu ninos e família. Um grande abraço.
Obrigado, Luiz, em nome da família.
Jota,
Mostrei esse texto para meu pai e ele me disse que toda tarde S.Nino ia na livraria pesquisar uns livros regionais e de Estudos amazônicos para mandar para Grécia, pois tinha um 1 filho que na época lá … quem era ele?! rsrsrsrrs …
Adivinha…
Muito boa a expressao! Nao sabia a ligação com Pouso Alto! Raramente ia no Nino lanches, mas fiquei assiduo desde qdo deram o troco errado!! O lanche ficava mais delicia. Tiroptaaaaaaaaaaaaa.
E já que todo mundo gosta da Tirópita do seu Nino, vai aqui a indicação de um site onde se pode ter uma receita da Tirópita original. Como já disse em outro comentário, a que meu pai fazia era uma adaptação da verdadeira Tirópita Grega, que é uma torta folheada recheada de queijo. https://cozinhadagrega.blogspot.com/2011/01/tiropita.html
ótima dica. humm dá vontade na boca de provar logo esta torta. Não sabia esses dotes culinários Ninos.
Parabéns pelo belíssimo texto, gosto das suas poesias, mas vc se superou como contador de histórias….e q pessoa maravilhosa deve ser seu pai, desejo a ele muita saúde e felicidades.
abraços
Heliana Aguiar
Obrigado, Heliana!
Do seu Ninos, o que sempre me recordo é de seu sempre largo e contagiante sorriso( igual o da foto) quando ia merendar na Nino Lanche. Não me lembro de vê-lo sisudo. Será este um dos seus segredos gregos para atingir seus bem vividos 90 anos?
Só agora soube do nome daquela delícia de empadão: Tirópida.
Parabéns seu Ninos. Deus lhe dê muita saúde para continuar com seu sorriso e simpatia.
Abração Jota, é sempre um deleite ler seus escritos.
Obrigado, Ary! Mais um encantado pela Tirópita produzida pelo seu Ninos!
Belíssimo exemplo de trabalho, perseverança e honradez do Sr. Ninos. Lembro com saudades da época de minha adolescência quando ia ao Centro da cidade acompanhando minha mãe. O lanche do Ninos era parada obrigatória. E muitas vezes fui atendida por ele, sempre com sorriso largo e muito atencioso. Parabéns pelo texto primoroso Jota e longa vida ao seu pai!
Obrigado, Silvinha!
Parabém seu Ninos, pelos seus 90 anos. Por tudo que construiu. Nossa família, GD, também provamos deste prazer. Tudo de bom, muita festa, e para o aniversariante muitos anos de vida. Tomara que nos, os descendentes desta saga nonagesimal, tenhamos a mesma performance.
Milton Peloso.
É isso aí Milton! Quem dera tenhamos a saúde para alcançar esta idade!
Jota, belissimo exemplo de vida, de vigor e de amor a um pais que o acolheu e que hoje ainda recebe as fecundas seivas de belas e frondosas arvores plantadas.
A odisseia do bravo guerreiro grego Georgios Joannis Ninos, não pode ficar guardada no baú de saudades, tem sim de ficar registrada para sempre nos anais da nossa história Amazônida, e ninguém melhor do que seu filho Jota para narrá-la com estilo épico dos grandes menestreis.
Ave…ave velho guerreiro grego.
Se eu contar tudo, será um épico, Cavallero! Ave!
Belo texto, escrito com amor, que escorre de cada palavra escrita ou subentendida. Amor sorvido da mesma fonte que saciou a sede das Oscarinas, Osvaldinas e Franciscas, ao longo desses bem vividos 90 anos.
Vida ainda mais longa ao novíssimo “velho Ninos”
Nilson Vieira
P.S.: Quanta ressaca curada com a ajuda dos caldos do Ninos Lanche !!!!!
É isso aí, Nilson! As farras de sexta-feira, quase sempre eram curadas no Nino-Lanche, ao sabor do caldo verde do seu Ninos!
Να τα εκατοστήσει! Και να τον χαιρομαστε πολλα χρονια ακομα.
Ευχαριστω, ξαδελφη!
O que significa issooooo
Saudações em grego entre eu e minha prima que mora em Belém…. Ela parabeniza me u pai (seu tio) e eu agradeço.
Ninos que texto lindo. Nascido da alma, com certeza.
Fez-me lembra da tirópita do “seu” Ninos. Que delícia!!! Minhas irmãs (Pepa, Rúbia e Salomé) saiam do Rodrigues do Santos e o Ninos Lanche era parada certa. Eu, a caçula, tbm enveredei pela mesma escolha. À tarde era fuga quase certa do Santa Clara.
Como vê, caro amigo, a história do seu pai tbm é um pouco da nossa. Lembranças maravilhosas de tempos saborosos.
Obrigada pelo deleite literário e pela “sua” tradução do amor e iração de filho.
Parabéns “seu” Ninos!!!!
A tirópita é uma grande fonte de inspiração…kkkk
Jota que trajetória de vida você expôs nessa publicação. Até fiquei emocionada e sentir o quanto você se orgulha de ser filho deste homem, SR NINOS. Estudei na Escola Rodrigues dos Santos, e quando podia fazer um lanchinho minha lanchonete preferida era a Nino Lanche.
Mas o texto vai além da lanchonete é um documentário, de uma vida, de um guerreiro que soube como muitos homens encaminhar vidas e você faz parte desta trajetória. Sua história e seus posicionamentos vem um berço sólido e glorioso. Parabéns!
Obrigado, Lane!
Nossa que linda e guerreira a história do “Seu Nino” ….
Me trouxe a recordação de quando a nossa livraria, na época Livraria Ática, funcionava na 15 de novembro, bem ao lado do “Nino Lanche” ….. e toda tarde comia tiropta com suco de taperebá …. Hummmmmm ….
Hoje, de vez em quando vou ao centro apenas com esse propósito …. comer tiropta e tomar um suco de taperebá – que somente e sem ingual serve no Lanche do Seu Nino ….
Parabéns Seu Nino ….. agora é nossa vez de pedir ao Papai do Céu que lhe conceda mais uns 30 anos de vida ….. FELIZ ANIVERSÁRIO !!!!!!!!
Tiropta? De que é feito esse lanche, Brennda?
Tiropita é uma das especialidades que papai fazia na lanchonete. Em grego, quer dizer “torta de queijo”. A que ele fazia 9e ainda hoje a receita continua sendo feita) é uma espécie de empadão, recheado de queijo.
Na Grécia é um dos pratos típicos, mas lá é feito como uma torta de massa folheada com recheio de queijo de cabra. Se Nino adaptou a receita às condições locais.
Jeso, ainda hoje pode ser degustado no Nino-Lanche, que continua funcionando no centro.
Tiropita (sem dúvida, o melhor salgado do mundo!) e suco de muruci… Essa lembrança ficará na minha memória para sempre.
Parabéns seu Nino!
Michela
Tiropita (sem dúvida,o melhor salgado do mundo!) e suco de muruci… Essa lembrança ficará em minha memória para sempre!
Parabéns seu Nino!
Michela
E viva a Tirópita!
Quanta aventura boa de ler! Parabéns a ele. E, ó, aos 34 anos ele era um verdadeiro galã, bein? 😉
Puxou ao filho, Alê…kkkkkk
Jota amei o texto, saudade de todos abraços
Oi Xeila! Você conhece bem a família… Abraços.
Imagino a dupla; Nino e meu pai Chico Sousa q. completou 80 anos, e ainda anda de moto no transito caótico de Alenquer. Infelizmente eles não se conhecem…Rsrsr
Parabens aos dois guerreiros.
Infelizmente ou felizmente, Édson? kkk Já imaginou a gente correndo atrás dos dois por aí?
Eu queria ter um filho como esse…rs…Sai um caldo verde pra festejar.
Parabéns.
Cadê as histórias do velho Phebus, Dudu?
Ainda “molecote”, no comércio, eu vivia pedindo alguns “cruzeiro$” ao papai para dar uma “merendada” no NINOS LANCHE. Lá, o caldo fértil do valor da luta, do valor do trabalho. A luzente prova do valor da família.
Parabéns ao mestre! Parabéns também aos seus…
O caldo até hoje é fértil e eu mesmo continuo tomando…
Fantastico, um historia de vida guerreira e relatada por uma pessoa q tem dominio das palavras…sucesso sempre a sua familia!
Obrigado Aiane! Meu pai foi de ações, e eu de palavras…
Felicidades para a família Ninos, que tem contribuido com nossa cidade.
Ninos, saúde e muita vida ao velho e nós ficamos aqui com vontade de saborear os lanches deliciosos do velho ninos.
Porque acha que sou gordinho? kkkk
Gordinho, nossa…Parabéns e Felicidades. Saúde a paz…
Sensacional Jota. Simplesmente sensacional !!
Ainda esperamos um livro seu….. contando todas as odisseias vividas no santarenlandia.
Tiberio Alloggio
Um desafio, Tibério!
Vida longa ao velho Grego.
Amém!
Que belo texto, Jota! Não só por nos municiar com informações sobre os seus “sangue-do-meu-sangue”, como também por me oportunizar um flashback para a saga do meu pai, já falecido, e que de alguma forma tem pontos em comuns com a saga de teu pai – ambos comerciantes e que transformaram Santarém a morada deles.
Precisas contar um pouco da saga de teu pai também, Jeso. Ferramenta pra isso tens…
Poucos pessoas são tão obstinadas como o Jota, valeu Ninos…
Com lágrimas nos olhos li e reli seu texto meu pai panayotis possivelmente conhecer seu Nino ele sempre esteve no bom retiro trabalhou muito nas obra de Brasília ele era pintor, obrigado pela lembrança