Gramática da língua portuguesa: faz sentido. Por Alessandra Helena Corrêa

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Gramática: faz sentido. Por Alessandra Helena Corrêa

Há muito tempo, talvez desde a sua concepção, a gramática da língua portuguesa é abordada, muitas vezes, de maneira vaga e, até mesmo, confusa nas salas de aulas das nossas escolas e instituições de ensino.

Na verdade, o que tudo indica, é que não se ensina; se prescrevem regras a serem utilizadas para uma escrita dentro da norma padrão do português.

Alessandra *

A questão é: primeiro, não existe apenas uma gramática para o nosso uso cotidiano, nem mesmo uma pode ser tida como mais importante que outra; além disso, a língua portuguesa não se resume a um manual arraigado em nomenclaturas impossíveis de serem decoradas.

E por fim, se temos que aprender a tal “norma” que nos ensinem então, pois sabemos que tabelas não explicam o funcionamento complexo que é a gramática, nem mesmo nos capacitam ao uso na construção materializada da língua: o texto – oral, escrito e semiótico.

Mas por que tal desabafo para iniciar essa coluna que se propõe a tratar exatamente de regras gramaticais? De fato, o objetivo aqui é uma tentativa de dar uma resposta a esses inúmeros alunos, e usuários em geral, desse sistema engenhoso, ou parte dele, que é a língua portuguesa brasileira.

Mostrar que é possível sim aprender e ser capaz de aplicar o conhecimento obtido nas mais diversas situações de interação social. Ouso, ainda, chamar a esses conhecimentos não de regras, mas de “efeitos” lógicos, pois, como toda ciência, a gramática nos apresenta um conjunto de métodos constituídos de forma coerente e consistente acerca da língua.

 

Tenho a certeza, como ressalta Perini (2017), que ao compreendermos a gramática normativa de forma científica e cadente iremos de fato nos interessar por ela, sendo capazes de conceber seu funcionamento para usos práticos do nosso contexto real de interação.

Saberemos também quando não for tão importante usar o método, havendo sensatez na adequação consciente de quando recorrer a ele. A exemplo de um químico ou mesmo um médico que, dominando sua ciência de forma eficaz, não am as 24 horas dos seus dias fazendo experiências científicas, ou procedimentos clínicos.

♪ Ouça o episódio 1: do podcast Ressuscitando a Gramática, de iniciativa da professora Alessandra Corrêa.

Ou ouça e baixe o episódio 1 neste link.


— * Alessandra Helena Corrêa, santarena, é graduada em licenciatura plena em Letras (Ufopa). Faz mestrado atualmente em Estudos Literários, Culturais e Interartes na Universidade do Porto, Portugal, onde reside. @alehhelena

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