Candidato a prefeito de Santarém (PA) pelo PSDB nas eleições de 2024, o tucano Hugo Diniz postou um vídeo nesta terça-feira (25) em que se retrata por atacar com fake news o seu adversário JK do Povão (PL).
O ataque ocorreu no 2º turno do pleito, quando o tucano ou apoiar a candidatura de Zé Maria Tapajós (MDB), que acabou vencendo a disputa por 52% a 48% dos votos válidos.
Ainda em 2024, JK ajuizou queixa-crime (ação penal) contra o professor (e ex-reitor) da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) por crimes de injúria e difamação.
Hoje, dia audiência de instrução e julgamento do caso, Hugo Diniz decidiu gravar vídeo no qual se retrata da acusação proferida contra o seu adversário. Veja-o na íntegra no final da matéria.
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“Maconheiro”
Sem apresentar provas, o tucano acusou JK do Povão de ter dito que todos os professores, servidores, acadêmicos, colaboradores em geral da Ufopa de serem maconheiros.
“Ele [JK do Povão] sempre falou mal da universidade, para ele, todos nós da Ufopa somos maconheiros, e ele acredita em elementos de anticiência e antidemocracia”, atacou o tucano, que na ocasião apoiava Zé Maria para Prefeitura de Santarém.
A defesa de JK, no processo de queixa-crime, feita pelo advogado Armando Barreiros e Silva, afirmou que Hugo Diniz “difama e calunia” o seu cliente.
“Difama porque é atribuído a este [JK do Povão] fato que ele não fez ou pensa e traz contra ele, no contexto político, toda uma universidade federal, o que o ofende perante toda essa classe. A injúria advém do fato de que ao atribuir-lhe o fato de acreditar em elementos de anticiência e antidemocracia, ofende deliberadamente a sua dignidade”, detalhou o advogado.
“Ademais, o querelante [Hugo Diniz] é figura pública que ocupou cargo político importante no município, isto é, o de reitor da UFOPA, para além de ter sido o terceiro colocado na disputa eleitoral do primeiro turno das eleições municipais de 2024, isto dá ainda mais publicidade e divulgação e, consequentemente, tem um maior potencial lesivo de ofender a reputação do querelante.”
A ação penal tramita na 2ª Vara Criminal de Santarém.
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